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Conheça toda a verdade sobre a doença crónica que nos faz “corar”

Sente-se a corar com frequência mas não é por vergonha ou embaraço? Então é possível que tenha rosácea. Mais comum em pessoas com pele clara e fina (embora possa ocorrer em pessoas com pele morena), a doença é mais frequente nas mulheres entre os 30 e os 50 anos de idade.

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A rosácea é uma doença inflamatória da pele, de evolução crónica, caracterizada pela dilatação dos vasos sanguíneos à superfície, provocando vermelhidão, sobretudo nas maçãs do rosto, testa, queixo e nariz (que pode ficar com volume maior). A condição ainda pode causar derrames, pápulas e pústulas semelhantes ao acne e, sem cura, vai piorando ao longo do tempo.

Se não sabia, existem vários subtipos de rosácea que apresentam sintomatologia diferente, sendo comum os doentes apresentarem sobreposição de mais do que um subtipo de rosácea.

O “Flushing” facial diz respeito a episódios abruptos de vermelhidão e calor, que podem durar cerca de 10 minutos. Ocorre quando os vasos sanguíneos abaixo da superfície da pele se dilatam. Este tipo de rubor pode acontecer através de episódios emocionais como o constrangimento, excitação, ansiedade ou stress, ou por flutuações hormonais, comidas picantes ou álcool.

Na rosácea eritemato-telangiectásica os doentes apresentam apenas eritema (vermelhidão) e telangiectasias (pequenos vasos dilatados à superfície da pele). Estas alterações habitualmente surgem sobretudo no nariz e maçãs do rosto, mas ocasionalmente podem afetar outros locais, como o queixo ou as orelhas.

O envolvimento ocular surge na maioria dos doentes com rosácea. Na rosácea ocular os olhos apresentam-se vermelhos, irritados, congestionados e/ou com comichão. Os doentes podem queixar-se ainda de sensação de picadas, sensibilidade à luz (fotofobia) ou sensação de corpo estranho (sentir areias nos olhos).

Na rosácea pápulo-pustulosa surgem pápulas e pústulas (borbulhas ou espinhas com ou sem pús, semelhantes às da acne). Este subtipo pode ser confundido com acne, mas uma das diferenças é a ausência de comedões abertos ou fechados (pontos negros ou brancos, respetivamente) nos doentes com rosácea.

Na rosácea fimatosa os doentes apresentam um aumento das dimensões de certas áreas da cara (por exemplo, um nariz volumoso e deformado no caso do rinofima). Observa-se ainda um aumento da espessura da pele e um marcado desenvolvimento das glândulas sebáceas. O local mais atingido é o nariz, mas também pode ocorrer envolvimento do queixo, da testa ou das bochechas.

A rosácea granulomatosa é o tipo de rosácea mais raro. É identificada através da presença de pápulas vermelho-acastanhadas ou pequenos nódulos com base eritematosa e infiltrada. Tende a surgir, geralmente, na superfície lateral da face e no pescoço.

É importante referir que a condição não é sinal de abuso de álcool, nem é contagiosa. A rosácea pode diminuir significativamente a qualidade de vida das pessoas afetadas, sobretudo devido ao estigma social que ainda lhe está associado e ao impacto físico e psicológico da doença. Não deixe que isso lhe aconteça. Procure tratamento junto de um especialista.

Embora não exista uma cura definitiva, a rosácea tem tratamento que inclui medicamentos de aplicação tópica (no local), tratamentos por via oral, lasers e luz intensa pulsada, entre outras terapêuticas.
Além do tratamento com fármacos, o médico poderá dar-lhe outros conselhos para atenuar os efeitos da rosácea, tais como usar protetor solar diariamente com Fator de Proteção Solar (FPS) elevado; evitar mudanças bruscas de temperatura, e banhos quentes; Lavar a face com água morna e utilizar um produto de higiene sem sabão e com pH neutro; Proteja e hidrate a pele com cosméticos hipoalergénicos indicados para o problema; Deixar de fumar; Adequar a dieta, evitando alimentos que possam desencadear a rosácea, como bebidas alcoólicas e picantes; e pode ainda optar por maquilhagem corretora, com uma cor apropriada (verde ou castanha), para ajudar a disfarçar.

Fonte: Tupam Editores

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