Se o termo lhe parece complicado, saiba que o refluxo gastroesofágico consiste no retorno do conteúdo do estômago para o esófago. Isso acontece quando o ácido no estômago é excessivo ou quando o esfíncter esofágico inferior (músculo que fecha a passagem para o estômago) não fecha devidamente.

Ao contrário do que se possa pensar, a azia e o refluxo não são a mesma coisa. A azia é um sintoma ocasional que se associa a determinadas circunstâncias ou comportamentos, enquanto o refluxo gastroesofágico é uma doença que precisa de ser diagnosticada, para poder ser devidamente tratada.

A doença tem tratamento farmacológico e, em casos mais graves, cirúrgico. Existem vários fármacos disponíveis, designadamente os modificadores da secreção gástrica que, embora sejam de venda livre, devem ser sempre prescritos pelo médico assistente.

Segundo o Dr. Samuel Okazaki, clínico e cirurgião do aparelho digestivo, dificilmente se conseguirá tratar o refluxo apenas com a medicação, o doente tem de fazer alterações no seu estilo de vida. Aqui ficam alguns conselhos.

Se é fumador, evite fumar e não beba álcool. Estes dois hábitos favorecem o aparecimento da sintomatologia. Procure manter uma postura corporal correta e, se for o caso, perca o peso em excesso.

No que diz respeito à alimentação, as refeições devem ser leves, os alimentos distribuídos em pequenas quantidades por todas, e sempre bem mastigados. Deve dar preferência a ingredientes mais leves e evitar os alimentos que provocam o refluxo, como por exemplo, batatas fritas, salgados, molhos picantes, pimentas e outros condimentos, bebidas com gás, cafeína, entre outros. E nunca se deite após uma refeição.
Elevar a cabeceira da cama quando for dormir é outro truque que ajuda.

Cerca de 20% da população ocidental tem sintomas de refluxo. Se suspeita que pode fazer parte deste número, procure ajuda médica especializada para um diagnóstico e tratamento adequados. Não se automedique!