ENVELHECIMENTO

Novo tratamento celular pode combater envelhecimento

Uma equipa internacional de cientistas identificou um novo método para eliminar células que estão a ficar velhas e disfuncionais, o que pode abrir caminho para tratamentos para o envelhecimento e problemas a ele relacionados.
Envelhecimento é definido como o declínio progressivo e natural das funções fisiológicas do organismo.

Novo tratamento celular pode combater envelhecimento

MATURIDADE E REFORMA

NOVOS PARADIGMAS DO ENVELHECIMENTO - Envelhecer com saúde e dignidade


A senescência celular é um fenómeno irreversível que ocorre quando o processo natural de divisão celular cessa no tecido humano. Os cientistas creditam que contribua para o envelhecimento e para várias doenças relacionadas ao próprio envelhecimento, como a doença de Alzheimer, a diabetes tipo 2 e vários tipos de cancro.

Em amostras de laboratório, a eliminação de células senescentes dos tecidos retarda a degeneração relacionada à idade e prolonga a vida, mas o desafio para descobrir uma forma de o conseguir nos humanos mantém-se.

Recentemente, a Dra. Marta Poblocka e os seus colegas desenvolveram um método para remover o acúmulo dessas células senescentes. Para isso, usaram anticorpos que funcionam como “bombas inteligentes” que foram projetadas para as reconhecer e matar. A conjugação anticorpo-medicamento (um anticorpo carregado com um medicamento) atua contra um marcador de membrana de células senescentes, eliminando-as especificamente.

O Dr. Salvador Macip, da Universidade de Leicester, no Reino Unido, refere que os senolíticos são uma nova classe de medicamentos com grande potencial para o anti-envelhecimento. Estes compostos regulam fatores que protegem as células senescentes da morte celular programada, e que estão associados aos efeitos deletérios decorrentes do acúmulo destas células. No entanto, os que temos são bastante inespecíficos e podem causar fortes efeitos colaterais.

Esta é a razão pelo interesse interesse numa segunda geração de medicamentos, os senolíticos direcionados, que podem eliminar células senescentes sem afetar as demais. Copiando uma ideia já utilizada em terapias contra o cancro, ajustou-se um anticorpo para que ele pudesse reconhecer essas células e aplicar uma carga tóxica especificamente nelas.

Os resultados deste estudo preliminar serão usados como base para investigações futuras de tratamentos direcionados à senescência, primeiro em cobaias e, se tudo correr bem, nos seres humanos – podendo representar um grande salto no tratamento das doenças do envelhecimento.

Fonte: Tupam Editores

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