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O idoso no centro do cuidado: respostas e soluções em debate

Organizado pelo Centro de Estudos e Desenvolvimento de Cuidados Continuados e Paliativos da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), o I Congresso Internacional de Cuidados Continuados e Paliativos vai decorrer nos dias 19 e 20 de novembro, no Pólo Ciências da Saúde da FMUC (Pólo III).

O idoso no centro do cuidado: respostas e soluções em debate

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O congresso tem como tema “O idoso no centro do cuidado: respostas e soluções”, e o debate está aberto a todos os que formal ou informalmente, individual ou coletivamente, se interessam ou se dedicam à prestação de cuidados continuados e paliativos.
O evento conta com um vasto painel de oradores de diferentes áreas, académicas e profissionais, que vão debater questões como alguns aspectos sociológicos como a solidão no idoso, aspectos epidemiológicos da doença no idoso, as abordagens não-farmacológicas em cuidados paliativos, a dor crónica nos cuidados continuados e o apoio institucional ao idoso, entre outros.

Segundo Marília Dourado, docente da FMUC e membro da Comissão Organizadora, falar de cuidados paliativos não é falar apenas de pessoas que estão a morrer, uma vez que os Cuidados Paliativos (CP) ao assegurarem um melhor controlo de sintomas, recorrendo às práticas mais adequadas, proporcionam alívio do sofrimento, conforto e qualidade de vida desde o diagnóstico de uma doença ameaçadora da vida, causadora de grande sofrimento, muitas vezes avançada, até ao fim da vida.

Por estas razões, devem ser oferecidos o mais precocemente possível no decurso da doença, em conjunto com as medidas terapêuticas, pelo que não se destinam apenas aos doentes em fase final de vida. Em CP recorre-se a outras estratégias com as quais, principalmente, se procura o controlo do sofrimento, e a promoção do conforto, do bem-estar e, porque não dizê-lo, da satisfação - dentro do que é possível – no tempo de vida que ainda resta, quer dos doentes quer das suas família.

Para a maioria das pessoas falar de cuidados continuados e paliativos é falar do alívio da dor, mas para Marília Dourado este é um processo que vai muito além dos cuidados de saúde e do apoio social: “É todo um processo de intervenções sequenciais, devidamente planeadas e coordenadas que, tendo em consideração as limitações do doente, nos diversos planos, visam promover a sua autonomia e melhorar a funcionalidade através da reabilitação, readaptação e reinserção social e familiar, sempre que possível”.

De acordo com o último Plano Estratégico para o Desenvolvimento dos Cuidados Paliativos, apresentado pela Comissão Nacional de Cuidados Paliativos (CNCP), é hoje internacionalmente reconhecido que, quando aplicados precocemente, os CP trazem benefícios para os doentes e suas famílias, diminuindo a carga sintomática dos pacientes e a sobrecarga dos familiares.

Fonte: Tupam Editores

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