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Fibrilhação auricular: Não há tempo a perder

Este ano, na Semana de Consciencialização para a Fibrilhação Auricular, que se celebra de 15 a 21 de novembro, a campanha internacional tem como mote “Não há tempo a perder”, referindo-se ao impacto da pandemia nas pessoas com Fibrilhação Auricular (FA) ou em risco de a desenvolver.

Fibrilhação auricular: Não há tempo a perder

DOENÇAS E TRATAMENTOS

ARRITMIA CARDÍACA


Nos últimos 18 meses, perderam-se oportunidades para prevenir a FA através da adoção de hábitos saudáveis, de detetar a FA com uma simples verificação de pulso, de proteger contra AVC causados por FA, de corrigir a irregularidade do ritmo cardíaco através de tratamentos adequados e de aperfeiçoar o acompanhamento do doente. Por todos os motivos mencionados, não há tempo a perder!

Teve início a 15 de novembro a Semana de Consciencialização para a FA, a arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo, e a responsável por 20 a 30% dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos. A assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia associou-se à Atrial Fibrillation Association e à Arrhytmia Alliance para dar a conhecer a sua campanha global.

As estatísticas revelam que na Europa, a cada 15 segundos a FA provoca um AVC. Entre os portugueses, a partir dos 40 anos, a prevalência de FA ronda os 2.5% mas, após os 65 anos, uma em cada dez pessoas terá desenvolvido esta arritmia.

Embora bastante prevalente, grande parte dos casos de FA é silenciosa, sendo detetada demasiado tarde e depois de deixar sequelas ou de um episódio grave, como é o caso de um AVC. A deteção precoce e o controlo da arritmia são, por essa razão, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, sobretudo em determinadas faixas etárias.

Assim, a partir dos 65 anos, é importante estar atento a alguns sinais, nem sempre claros, como batimento cardíaco descoordenado, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.
Nestas idades, para além do controlo de parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, é aconselhável avaliar também o ritmo cardíaco e as pulsações de forma regular.

Um diagnóstico atempado desta arritmia pode ser fundamental na prevenção de complicações como AVCs, insuficiência cardíaca, demência ou mesmo morte súbita. Uma vez diagnosticada a FA, os riscos podem ser reduzidos significativamente através de terapêutica anticoagulante. Tal como na maioria dos países europeus, em Portugal, as normas aconselham a que se ministrem os Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC.

É importante referir que o bom controlo desta arritmia, e a consequente manutenção da qualidade de vida dependem, também, do cumprimento escrupuloso da terapêutica. Qualquer alteração, deverá ser validada pelo médico assistente.

Manuel Carrageta, Presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, relembra que quanto mais cedo for detetada a condição, maior a probabilidade de sucesso e, tal como diz a campanha deste ano, não há tempo a perder!

Fonte: Tupam Editores

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