CANCRO

Rastreio ao cancro do pulmão em Portugal é uma prioridade

Novembro é o mês dedicado ao cancro do pulmão - um dos tumores mais mortíferos, o terceiro entre as doenças cancerígenas em Portugal, e o que mais mata. Por essa razão, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão (Pulmonale) chama a atenção para a necessidade de implementação no país de um rastreio a este tipo de cancro, começando por um projecto piloto que tem como objetivo reduzir o número de mortes por esta patologia.

Rastreio ao cancro do pulmão em Portugal é uma prioridade

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Os números são preocupantes. Segundo Isabel Magalhães, presidente da Associação, todos os dias são diagnosticadas, em média, 14 pessoas com este tipo de cancro e 11 pessoas morrem diariamente da doença. É, assim, urgente avançar com um projeto piloto de cancro do pulmão no país que vise uma redução do número de mortes causadas pela doença.

A Associação, em conjunto com um grupo de peritos na área da saúde, tem vindo a elaborar um projeto piloto para rapidamente apresentar à tutela. Neste projeto é defendida, de forma unânime, a necessidade de se implementar um rastreio em Portugal, até porque o diagnóstico precoce continua a ser o método mais promissor na redução da mortalidade, e o rastreio essencial para salvar vidas.

Um diagnóstico precoce pode aumentar a taxa de sobrevivência ao tumor, que atualmente se situa nos 15% cinco anos após ser diagnosticado. Em 2020, cerca de 320 mil pessoas foram diagnosticadas com cancro do pulmão nos países da União Europeia e mais de 257 mil pessoas morreram da doença. Portugal registou 5400 novos casos da doença e 4797 mortes.
Em comparação com outras patologias oncológicas, como o cancro da mama ou o colorretal, o cancro do pulmão continua a ter uma taxa de sobrevivência muito baixa.

Os números alarmantes podem ficar a dever-se à pouca literacia sobre o cancro do pulmão e, por essa razão, a um diagnóstico numa fase muito tardia. Durante muitos anos o cancro do pulmão esteve associado a uma sentença de morte, mas hoje as opções de tratamento são muito diferentes. É importante falar sobre o tema para que as pessoas estejam abertas e promovam o diagnóstico atempado, daí a implementação de um rastreio ser uma prioridade.

Fonte: Tupam Editores

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