DOR

Método inovador de estimulação nervosa alivia dores fortes

Cientistas da Suécia criaram um método inovador de estimulação nervosa que recorre ao uso de micro elétrodos ultrafinos para combater a dor intensa. O uso desta terapia permitiu aliviar a dor de forma eficaz e personalizada, sem os efeitos colaterais comuns dos medicamentos para alívio da dor.

Método inovador de estimulação nervosa alivia dores fortes

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O tratamento foi desenvolvido pela investigadora Matilda Forni e pelos seus colegas da Universidade Lund. Em causa está um método para combater a dor por meio da estimulação elétrica personalizada, usando micro elétrodos ultrafinos, adequados para inserção nos tecidos humanos.

"Os elétrodos são muito macios e extremamente suaves para o cérebro. São usados para ativar especificamente os centros de controlo da dor do cérebro, sem ativar simultaneamente os circuitos das células nervosas que produzem efeitos colaterais. O método envolve o implante de um agrupamento de elétrodos ultrafinos e, em seguida, selecionar um subgrupo de elétrodos que proporcionam alívio da dor, mas sem efeitos colaterais. Esse procedimento permite um tratamento de estimulação extremamente preciso e personalizado que se mostrou eficaz para todos os indivíduos avaliados pelo estudo”, afirmou o professor Jens Schouenborg.

A dor é bloqueada através da ativação dos centros de controlo da dor do cérebro, que, por sua vez, bloqueiam apenas a transferência de sinal nas vias da dor para o córtex cerebral.

"Conseguimos um bloqueio quase total da dor sem afetar qualquer outro sistema sensorial ou habilidade motora, o que é um grande avanço no estudo da dor. Os nossos resultados mostram que é realmente possível desenvolver um alívio da dor poderoso e sem efeitos colaterais, algo que tem sido um grande desafio até agora”, destacou Matilda Forni.

Tendo em conta que em causa está um tratamento invasivo, o estudo só foi realizado em cobaias até ao momento. O objetivo agora é saber se o tratamento é eficaz em humanos.

Os autores do estudo acreditam que, dentro de cinco a oito anos, o método assegurará um tratamento de estimulação satisfatório para pessoas com dor particularmente forte, como dor oncológica ou dor crónica relacionada com lesões na medula espinhal, para as quais ainda não há nenhum tratamento eficaz.


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