TIRÓIDE

Técnica inovadora da CUF trata nódulos benignos da tiroide

O Hospital CUF Tejo foi a primeira unidade de saúde privada do país a realizar o tratamento a nódulos benignos da tiroide com recurso à técnica inovadora de ablação percutânea por micro-ondas. O procedimento foi realizado pela médica Radiologista Leonor Fernandes.

Técnica inovadora da CUF trata nódulos benignos da tiroide

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DOENÇAS DA TIROIDE - Uma glândula, múltiplos problemas!


O novo tratamento, uma alternativa à cirurgia e à radiofrequência, permite tratar todos os tipos de nódulos de forma minimamente invasiva, com maior conforto e segurança, por garantir menor risco de queimaduras e hemorragias. Além disso, por se tratar de uma alternativa à cirurgia, tem a mais valia estética de não deixar marcas.

Segundo a Dra. Leonor Fernandes, a ablação percutânea é uma técnica promissora, que o avanço tecnológico tornou possível, com aplicação em doentes criteriosamente selecionados.
Antes de iniciar o tratamento, os doentes devem realizar uma ecografia para avaliar se o nódulo preenche os requisitos necessários, devendo a seleção ser criteriosa e aprovada por uma equipa multidisciplinar dedicada a patologia nodular da tiroide.

Os atuais critérios de inclusão baseiam-se em nódulos benignos, com uma dimensão superior a 2 cm, que tenham sido confirmados por duas citologias prévias e sejam bem visíveis através de ecografia, sintomáticos e/ou inestéticos. A evidência científica aponta para uma redução do volume do nódulo superior a 50%, a seis meses, e para resultados ainda mais promissores nos controlos anuais.

A opção pela realização de técnicas minimamente invasivas tem sido privilegiada pela vantagem de evitar a cirurgia, a anestesia geral, a hospitalização e eventuais complicações.
Esta terapêutica dura cerca de 30 minutos e é realizada sob orientação ecográfica, através da introdução percutânea de uma antena muito fina e de fácil manuseio que se conecta a um equipamento gerador de energia. Em comparação com o procedimento de ablação por radiofrequência esta técnica torna ainda possível tratar nódulos maiores, numa só sessão.

É utilizada apenas anestesia local e uma ligeira sedação, logo o doente está sempre acordado e a comunicar com a equipa de intervenção responsável durante o procedimento, o que permite a monitorização e o tratamento de eventual ligeira dor e assegurar a preservação da qualidade da voz, durante a intervenção.

A doença nodular da tiroide é uma das mais frequentes, apresentando maior incidência em idades mais avançadas e no sexo feminino. A sua prevalência na população geral varia de 4% a 60%, consoante os nódulos sejam diagnosticados à palpação ou por ecografia.

Seja por receio da operação, porque não podem arriscar uma eventual alteração da voz, ou porque não querem uma cicatriz no pescoço, algumas pessoas não se querem submeter a uma cirurgia. Mas a nova técnica permite colocar em cima da mesa, para discussão de tratamento personalizado de cada doente, mais uma opção.
Para a radiologista esta é uma técnica promissora a nível mundial e, claramente, também em Portugal.

Fonte: Tupam Editores

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