Entre 2011 e 2019, as taxas de diabetes gestacional nos Estados Unidos aumentaram 30 por cento, de acordo com um grande estudo nacional realizado pela Universidade Northwestern. Os fatores que potenciam esta tendência preocupante ainda não são claros.

Se não for tratada, a diabetes gestacional pode aumentar o risco de uma mulher ter pressão alta durante a gravidez e as probabilidades de ter um bebé grande que precise de nascer por cesariana. E, no futuro, tanto a mãe quanto o bebé têm maior probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 e doenças cardíacas, de acordo com a Associação Americana de Diabetes.

A diabetes gestacional, que geralmente é diagnosticada durante o segundo trimestre da gravidez, ocorre quando a mãe não produz insulina suficiente. Isso faz com que os seus níveis de açúcar no sangue aumentem, o que aumenta o risco de problemas de saúde a longo prazo.

O tratamento, que começa com dieta específica e prática de exercícios físicos, visa manter os níveis de açúcar no sangue dentro da faixa normal. Às vezes, são necessários testes diários de glicose e injeções de insulina.

Para o estudo, os investigadores analisaram dados de cerca de 13 milhões de mães nos Estados Unidos que tiveram o seu primeiro bebé entre 2011 e 2019. Os cientistas não apenas encontraram um aumento nas taxas de diabetes gestacional, mas também notaram um correspondente aumento dos fatores de risco, incluindo história de excesso de peso e idade materna avançada.

As taxas de diabetes gestacional aumentaram em todos os grupos étnicos, com o maior aumento observado entre norte-americanas de origem asiática e indiana, seguidos por mulheres hispânicas. Já as mulheres negras eram mais propensas a ter diabetes antes de engravidar.