Gordura saturada de origem animal promove doenças cardiovasculares
Um estudo realizado em mais de 100 mil indivíduos encontrou uma potencial ligação entre o consumo de gordura saturada proveniente de carne e o risco de uma pessoa desenvolver doenças cardiovasculares.
Muitas e diferentes armas têm sido usadas na luta contra a obesidade um pouco por todo o mundo, porém com particular enfoque nos países mais desenvolvidos onde a doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a epidemia global do século XXI, se instalou com maior intensidade. Na realidade, o aumento do número de pessoas que em todo o mundo vivem com peso a mais e as consequências individuais e para a sociedade de dietas desregradas, têm levado diferentes instituições, encabeçadas pela OMS, a pedir mais.
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Realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, a investigação descobriu que a gordura saturada proveniente de carne pode estar associada a um risco maior do que outras fontes de alimentos - em parte porque aqueles que consumiram grandes quantidades de carne também tiveram um índice de massa corporal (IMC) mais alto do que os consumidores de baixo consumo.
Para o estudo, os participantes (que não apresentavam doenças cardiovasculares no início do período de acompanhamento) completaram questionários que avaliavam os seus hábitos dietéticos e de estilo de vida; estas pessoas foram acompanhadas durante cerca de 8,5 anos, período durante o qual a doença cardiovascular total, doença cardiovascular e acidente vascular cerebral ocorreram em 4 365, 3 394 e 1 041 participantes, respetivamente.
Os dados foram analisados para avaliar se havia alguma relação entre a ingestão de gordura saturada total e gordura saturada de diferentes alimentos e resultados de doenças cardiovasculares. As análises levaram em consideração vários fatores de estilo de vida, socioeconómicos e médicos.
Não houve associações claras entre a gordura saturada total e os resultados de doenças cardiovasculares. No entanto, consumir cinco por cento mais energia total da gordura saturada de carne foi associado a um risco 19 por cento a 21 por cento maior de ter doenças cardiovasculares – ainda assim, as associações não permaneceram significativas após a contabilização do IMC.
