COVID-19: vacinação de crianças entre os 12 e os 15 anos
Portugal só vai vacinar para já os jovens dos 12 aos 15 anos que têm doenças de risco para a COVID-19. A decisão, que teve por base as conclusões do parecer técnico da Comissão Técnica de Vacinação, foi anunciada na passada sexta-feira, 30 de julho, pela diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, em conferência de imprensa.
O mundo continua a lutar para conter a pandemia do novo coronavírus, mas as “armas” em desenvolvimento são cada vez mais promissoras.
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“A doença é, nestas idades, ligeira. Também nestas idades, as crianças que apresentam comorbilidades têm um risco mais grave. Estima-se que existam 410 mil pessoas no grupo etário entre os 12 e os 15 anos. Nestas, muitas já têm imunidade conferida pela infeção”, começou por dizer Graça Freitas.
A diretora-geral da Saúde relembrou que a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês) emitiu um alerta para a vacinação desta faixa etária, vincando que na União Europeia ainda não houve tempo suficiente para saber se existiram complicações com a inoculação de jovens e crianças.
Um eventual alargamento da vacinação contra a COVID-19 aos restantes jovens nesta faixa etária está ainda a ser alvo de análise. Também a necessidade de reduzir o intervalo entre doses, invocada pelo vice-almirante Gouveia e Melo, responsável pela Task Force de vacinação, está a ser estudada pelos especialistas da comissão de vacinação, confirmou Graça Freitas.
“A DGS emitirá recomendações sobre a vacinação universal de adolescentes dos 12 aos 15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias”, afirmou a responsável.
Os jovens entre os 12 e os 15 anos que não estão vacinados têm de apresentar obrigatoriamente um teste negativo à covid-19 para acederem a restaurantes e outros serviços.
