Vacinas mRNA: se não teve efeitos secundários não se preocupe
As reações à toma das vacinas mRNA, como as da Pfizer e Moderna, podem ser um sinal do aceleramento do sistema imunitário, mas a falta das mesmas não significa que este falha em responder.
SOCIEDADE E SAÚDE
COVID-19: VACINAÇÃO EM MARCHA
Embora com atrasos nas entregas por parte das empresas com quem a União Europeia (UE) negociou, em nome dos Estados-Membros, o último relatório de vacinação da Direção-Geral de Saúde (DGS), revela que já foram recebidas em Portugal 651 800 doses de vacinas contra a COVID-19 das quais foram distribuídas 571 981. LER MAIS
A conclusão é de um estudo que avaliou as vacinas mRNA (Pfizer e Moderna) e durante o qual foram testados 206 funcionários de um hospital para anticorpos contra o coronavírus antes e depois de estes receberem a vacina da Pfizer/BioNTech, tendo sido analisados os efeitos secundários sentidos pelos participantes.
Como nos ensaios clínicos, a dor no braço foi o sintoma mais comum, relatado por 91 por cento dos voluntários após a primeira injeção e 82 por cento após a segunda.
Sintomas sistémicos, como fraqueza ou cansaço, ou dores no corpo, foram relatados por 42 e 28 por cento, respetivamente, após a primeira dose e por 62 e 52 por cento após a segunda.
O estudo não encontrou uma associação entre a gravidade dos sintomas da toma da vacina e os níveis de anticorpos um mês após a vacinação.
Os cientistas esperam que as descobertas tranquilizem as pessoas de que a falta de efeitos secundários após as injeções de mRNA não significa que a vacina não está a funcionar.
A toma da Moderna também usa tecnologia mRNA, pelo que o princípio também se aplica. O estudo ainda não foi revisto por pares.