MÚSCULO

Meias elétricas impedem perda muscular de pacientes internados

Meias elétricas inovadoras foram capazes de impedir a perda significativa de massa muscular que normalmente ocorre em pacientes hospitalizados durante muito tempo. As meias foram testadas em 16 pacientes internados com COVID-19 nos hospitais das universidades de Copenhaga e Aarhus, na Dinamarca.

Meias elétricas impedem perda muscular de pacientes internados

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Os participantes ficaram internados entre cinco a sete dias e receberam meias similares em ambas as pernas, mas apenas uma delas continha elétrodos, para que a perna sem elétrodos na meia funcionasse como controlo.

Com recurso a elétrodos, os músculos da coxa eram estimulados eletricamente por 30 minutos, duas vezes ao dia, com intensidade adaptada individualmente.

“O estudo demonstrou que esses pacientes perderam aproximadamente dez por cento da sua massa muscular após apenas cinco a seis dias de hospitalização. No entanto, com esta nova tecnologia, fomos capazes de neutralizar a perda”, afirmou Charlotte Suetta.

A perda muscular é um problema grave para pacientes hospitalizados, especialmente para aqueles que precisam de cuidados intensivos e ficam em ventiladores por longos períodos. A recuperação da perda muscular após algumas semanas de inatividade total pode levar meses ou anos, e alguns pacientes nunca se conseguirão recuperar totalmente.

A estimulação elétrica dos músculos não é novidade, mas as soluções disponíveis hoje possuem várias deficiências. Por exemplo, dificuldades para ligar e desligar os elétrodos e irritação da pele nas áreas estimuladas.

“A nossa invenção é muito mais fácil de usar porque os elétrodos são parte integrante do tecido”, disse a investigadora Shweta Agarwala.

Os elétrodos possuem três camadas ultrafinas e flexíveis, podendo ser impressos diretamente em diversos tipos de materiais, possibilitando estimular a musculatura através da meia com o mínimo de irritação.

Até agora, a equipa fabricou quase 600 meias de apoio para uso médico, para que sejam testadas num grupo maior de pacientes, além dos pacientes COVID-19, bem como em reabilitação e para usuários de cadeiras de rodas. Ainda não há previsão de chegada do produto ao mercado.


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