Estudos anteriores, realizado em pessoas saudáveis, ​​relacionaram o consumo regular de café a um menor risco de morte. Mas, antes do estudo realizado em Portugal, não era claro se essa ligação se estendia às pessoas com doença renal crónica, que apresentam risco aumentado de morte prematura.

Para responder a esta pergunta, os cientistas examinaram a ingestão de cafeína de 4 863 pessoas com doença renal crónica. Os pacientes, todos eles norte-americanos, já haviam participado de uma pesquisa que monitorizou a sua saúde e dieta por uma média de cinco anos. Nesse período, 1 283 participantes faleceram.

Os investigadores agruparam os pacientes de acordo com a quantidade de cafeína que consumiam todos os dias. O primeiro grupo consumiu uma quantidade equivalente a uma chávena de chá; o segundo a uma chávena de café; o terceiro a entre uma e duas chávenas de café; e o quarto grupo consumiu até 1 378 miligramas, o que é comparável a beber várias chávenas de café todos os dias.

Em comparação com os pacientes do primeiro grupo, os do segundo grupo tiveram um risco 12 por cento menor de morrer, enquanto os do terceiro grupo tiveram uma redução de risco de 22 por cento. Os do quarto grupo registaram um risco 24 por cento menor de morte. Esses efeitos permaneceram consistentes mesmo quando os fatores de risco de mortalidade foram considerados.

Os cientistas atribuíram esse benefício à capacidade da cafeína de promover a libertação de compostos que melhoram a função dos vasos sanguíneos. Esses compostos incluem óxido nítrico, que faz com que os vasos sanguíneos relaxem e ajuda a prevenir coágulos sanguíneos.