CORAÇÃO

Campanha internacional apela a que “Escute o seu coração”

“Escute o seu coração” é o mote da campanha global lançada pela Atrial Fibrillation Association e pela Arrhytmia Alliance. Uma campanha internacional que envolve organizações de todo o mundo e que, em Portugal, conta com o apoio da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC).

Campanha internacional apela a que “Escute o seu coração”

DOENÇAS E TRATAMENTOS

ARRITMIA CARDÍACA

“Escute o seu coração” apela à importância de conhecermos o nosso ritmo cardíaco e assim detetarmos possíveis arritmias, mostrando que podemos começar por um simples gesto, a verificação do pulso. Um procedimento simples que leva 30 segundos e que pode salvar vidas.

A campanha decorre no âmbito da Semana Mundial do Ritmo Cardíaco, de 7 a 13 de junho. A fibrilhação auricular (FA) é arritmia cardíaca mais comum em todo o mundo e a responsável por 20 a 30 por cento dos acidentes vasculares cerebrais isquémicos.

Para assinalar a data, a Fundação Portuguesa de Cardiologia (http://www.fpcardiologia.pt/) associa-se à Atrial Fibrillation Association (https://bit.ly/3v1Xmw8) e à Arrhytmia Alliance para dar a conhecer a campanha global que, sob o mote “Escute o seu Coração”, incentiva a deteção de arritmias como a FA através de uma simples verificação do pulso. Bastam 30 segundos. Em Portugal, a campanha é apoiada pela FPC, para quem a deteção precoce e o controlo das arritmias são fundamentais.

“O diagnóstico atempado de arritmias como Fibrilhação Auricular pode revelar-se decisivo na prevenção de complicações como AVCs, insuficiência cardíaca, demência ou mesmo morte súbita. Grande parte das arritmias podem ser controladas através da gestão de comportamentos, hábitos de vida e medicação. Quanto mais cedo a detetarmos, maior a probabilidade de sucesso teremos no seu controlo”, explica Manuel Carrageta, presidente da FPC.

A partir dos 40 anos de idade, a prevalência da fibrilhação auricular entre os portugueses ronda os 2,5 por cento. Ao passar os 65 anos, uma em cada dez pessoas terá desenvolvido esta arritmia.

Embora bastante prevalente, grande parte dos casos de fibrilhação auricular é silenciosa. Só se deteta demasiado tarde e depois de deixar sequelas ou de um episódio grave, como é o caso de um acidente vascular cerebral. A deteção precoce e o controlo desta arritmia são, por isso, fundamentais para a manutenção de uma boa qualidade de vida, sobretudo em determinadas faixas etárias.

A partir dos 65 anos, devemos ter particular atenção a sinais nem sempre claros como batimento cardíaco descoordenado, pulsação rápida e irregular, tonturas, sensação de desmaio, perda do conhecimento, dificuldade em respirar, cansaço, confusão ou sensação de aperto no peito.
É, por isso, aconselhável que, nestas idades, para além do controlo parâmetros como o peso, a tensão arterial ou o colesterol, se avalie o ritmo cardíaco e as pulsações de forma regular. Qualquer pessoa o pode fazer, de forma simples, através da auto-avaliação do pulso.

Uma vez diagnosticada fibrilhação auricular, o risco de AVC pode ser reduzido significativamente através de terapêutica anticoagulante. Tal como na maioria dos países europeus, em Portugal, as normas aconselham a que se ministrem os Novos Anticoagulantes Orais, também conhecidos como NOAC. Consoante a prescrição, a medicação poderá ser tomada uma ou duas vezes ao dia.

O bom controlo desta arritmia, e a consequente manutenção da qualidade de vida dependem, também, do cumprimento escrupuloso da terapêutica. Qualquer alteração, deverá ser validada pelo médico assistente.

Fonte: Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC)

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