Consultas de esclerose múltipla mais do que duplicaram em 5 anos
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) recebe uma média de 100 doentes por ano, em primeira consulta da especialidade de esclerose múltipla, tendo em cinco anos mais do que duplicado o número de consultas.
Atualmente, não existe cura conhecida para a EM. Há no entanto tratamentos eficazes que contrariam a evolução da doença e aliviam os sintomas associados, proporcionando mesmo, a reabilitação de muitos doentes.
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A funcionar no Hospital dos Capuchos, a consulta de esclerose múltipla (EM), uma das maiores do país, recebe cada vez mais doentes em resultado de um diagnóstico mais célere, da sensibilização dos médicos de outras especialidades e do trabalho com as associações de doentes, afirmou o coordenador da consulta, Carlos Capela em declarações à agência Lusa.
De acordo com o responsável, o número de doentes em tratamento modificador da doença tem vindo a aumentar, passando de 578, em 2015, para 911, no final de 2020, um crescimento também observado nas primeiras consultas e de seguimento que em 2016 totalizavam 1 867 e no ano passado 4 426.
Este crescimento foi acompanhado na atividade do Hospital de Dia que em 2016 acompanhava 310 doentes e, em 2020, 443, tendo sido recentemente submetido a um processo de melhoria dos seus processos internos pela Lean Health Portugal.
Todo este trabalho é realizado por “uma equipa jovem, motivada” que está sempre a tentar melhorar a sua organização e o atendimento em prol dos doentes, com os “poucos recursos” que tem, afirmou o coordenador da consulta do CHULC.
