As partículas ultrafinas podem penetrar mais profundamente nos pulmões e passar para a circulação, de forma a causar vários efeitos prejudiciais para a saúde.
 
Os investigadores analisaram 376 mães e os seus filhos, que viviam na área metropolitana de Boston, nos Estados Unidos, e já estavam a ser seguidos para avaliar a sua saúde.

Os autores do estudo desenvolveram um método que forneceu estimativas diárias da exposição a partículas ultrafinas que poderiam estar associadas à área residencial das mães e das crianças inscritas na investigação. 
 
Os cientistas acompanharam as mães para saberem se os seus filhos foram diagnosticados com asma e notaram que a maioria dos diagnósticos da doença ocorreu pouco depois das crianças completarem os três anos de idade.
 
Os dados apurados revelaram que pouco mais de 18 por cento das crianças nascidas de mães expostas a partículas ultrafinas desenvolveram asma durante a idade pré-escolar.
 
Verificou-se ainda que as raparigas eram mais sensíveis aos efeitos nocivos da poluição por partículas ultrafinas quando expostas no final da gravidez. O motivo para isto não está claro, contudo, os investigadores acreditam que isto se deve aos efeitos de desregulação endócrina causada pela exposição à poluição.