GASTROENTEROLOGIA

Azia crónica duplica risco de alguns cancros

Pessoas que sofrem com azia crónica podem ter duas vezes mais probabilidade de desenvolver cancro da garganta e esôfago do que aquelas sem a doença, concluiu um estudo do Instituto Nacional do Cancro, nos Estados Unidos.

Azia crónica duplica risco de alguns cancros

DOENÇAS E TRATAMENTOS

AZIA

Entre os adultos mais velhos, cerca de 17 por cento dos casos de adenocarcinoma de esófago, carcinoma de células escamosas da laringe e carcinoma de células escamosas do esófago foram relacionados à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

A DRGE, um distúrbio gastrointestinal que afeta aproximadamente 20 por cento de todos os adultos nos Estados Unidos, ocorre quando o ácido do estômago volta para o esófago, onde pode causar danos aos tecidos. Estudos anteriores sugeriram que este dano pode colocar os pacientes em risco de desenvolver adenocarcinoma de esófago.

Os investigadores avaliaram dados de 490 605 adultos que participaram no National Institutes of Health-AARP Diet and Health Study.

Os participantes tinham entre 50 e 71 anos de idade e viviam na Califórnia, Flórida, Louisiana, Nova Jersey, Carolina do Norte ou Pensilvânia ou nas áreas metropolitanas de Atlanta e Detroit, nos Estados Unidos.

Cerca de 24 por cento dos participantes do estudo tinham histórico de DRGE. As descobertas foram replicadas numa análise dos dados para 107 258 adultos.

Durante um período de 16 anos, 931 participantes desenvolveram adenocarcinoma do esófago, 876 desenvolveram carcinoma de células escamosas de laringe e 301 desenvolveram carcinoma de células escamosas de esófago.

Pessoas com DRGE tiveram um risco duas vezes maior de desenvolver cada um desses tipos de cancro, e o risco elevado foi semelhante entre os grupos categorizados por sexo, tabagismo e consumo de álcool.

Embora os tratamentos atuais tenham melhorado o prognóstico associado a esses tipos de cancro, estes permanecem entre os tumores mais mortais, com apenas cerca de 20 por cento dos doentes a sobreviver cinco anos ou mais após o diagnóstico.


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