Cientistas da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, descobriram, num estudo publicado na revista Stress & Health, que o stress financeiro pode ter um impacto imediato no bem-estar, mas pode também levar a dores físicas 30 anos mais tarde.
Nunca se falou tanto de stress como agora.
Todos se queixam, mas poucos sabem que não se pode viver sem ele.
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O estudo mostrou que o stress financeiro na vida adulta está associado ao esgotamento do sentido de controlo, que está relacionado com o aumento da dor física em anos posteriores. Este esgotamento ativa regiões do cérebro sensíveis ao stress, iniciando processos patológicos, fisiológicos e neurológicos que levam à dor física, limitações físicas, solidão e doenças cardíacas.
A dor física tem três componentes principais, a biológica, psicológica e social, sendo que, nos idosos, esta ocorre com outros problemas de saúde como a limitação física, a solidão e a doença cardiovascular, explicou Kandauta Wickrama, líder do estudo.
O estudo foi realizado com base na análise de 27 anos de dados de 500 famílias rurais que enfrentaram problemas financeiros associados à crise agrícola do final da década de 1980. A maioria dos indivíduos tinha mais de 65 anos de idade no início da investigação.
Foi descoberta uma ligação entre as dificuldades financeiras no início dos anos 90 e dores físicas quase três décadas mais tarde. Estes mostraram ainda que é provável que o stress financeiro influencie a dor física, embora a dor física possa, por sua vez, influenciar o stress financeiro através de custos adicionais de cuidados de saúde.
Nos seus últimos anos, muitos idosos queixam-se de perda de memória, dores corporais e falta de ligações sociais, sendo que quase dois terços destes se queixaram de algum tipo de dores corporais e de solidão. Estes dados são preocupantes, uma vez que a percentagem está a aumentar assim como o custo da saúde, disseram os autores do estudo.
