GRAVIDEZ

Gravidez: antidepressivos não causam doenças afetivas nas crianças

Cientistas norte-americanos descobriram, num estudo publicado na revista Neuropsychopharmacology, que não existe ligação entre a toma de antidepressivos durante a gravidez e o desenvolvimento de doenças afetivas nas crianças.

Gravidez: antidepressivos não causam doenças afetivas nas crianças

GRAVIDEZ E MATERNIDADE

GRAVIDEZ E MEDICAMENTOS

 
Os antidepressivos são geralmente administrados como tratamento padrão, inclusive durante a gravidez, para prevenir a recorrência da depressão e como tratamento agudo em doentes deprimidos.
 
Durante o estudo, foram comparados dados de mais de 42 000 crianças nascidas durante 1998 e 2011 de forma a verificar se a exposição a antidepressivos no útero aumentaria o risco de desenvolvimento de transtornos afetivos como a depressão e a ansiedade nas mesmas.
 
Os dados apurados mostraram que as crianças cujas mães continuaram a tomar antidepressivos durante a gravidez tinham um risco mais elevado de perturbações afetivas do que as crianças cujas mães deixaram de tomar antidepressivos antes da gravidez. 
 
Os cientistas analisaram ainda o efeito do uso de antidepressivos por parte dos pais durante a gravidez e descobriram que os filhos de pais que tomaram antidepressivos durante a gravidez tinham um risco mais elevado de terem transtornos afetivos, o que sugeriu que a associação observada é muito provavelmente devida à doença mental parental subjacente ao uso de antidepressivos.
 
O estudo não forneceu provas de uma relação causal entre a exposição in utero a antidepressivos e transtornos afetivos em crianças, assim sendo, os resultados apoiam a continuação da toma de antidepressivos para as mulheres com sintomas graves ou um elevado risco de recorrência, visto que esta doença pode afetar negativamente o desenvolvimento da criança.

Fonte: Eurekalert

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS