Vacina da AstraZeneca: segunda dose poderá ser substituída
A Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19 da Direção-Geral da Saúde (DGS) admite que a segunda dose da vacina da AstraZeneca pode vir a ser substituída por outra marca, com base nos resultados de estudos que já estão a ser realizados.
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Luís Graça, um dos membros de comissão técnica, explicou, em declarações à TSF, que “Portugal está numa posição em que pode esperar para ver aquilo que se passa noutros países e em estudos que estão a ser feitos para perceber quais são as alternativas à AstraZeneca”, referindo-se especificamente ao trabalho que está a ser “promovido pela Universidade de Oxford para estudar a eficácia e a segurança de fazer uma troca de vacinas - uma segunda dose diferente da primeira dose”.
“Do ponto de vista do sistema imunitário, na segunda dose aquilo que se pretende é expor o nosso organismo às proteínas do vírus que estavam na primeira dose e todas as vacinas usam a mesma proteína - a proteína spike -, pelo que do ponto de vista da imunologia, à partida, será equivalente a resposta imunitária induzida com uma vacina de uma marca diferente”, explica o especialista.
Uma vez que até agora os estudos não avaliaram esta solução, Luís Graça considera mais seguro esperar por resultados.
De acordo com o especialista, “isto é uma mensagem de segurança também para estas pessoas de que não se está a tomar uma medida precipitada com base em dados incompletos, esperando algum tempo por dados mais robustos”.
Uma vez que a segunda dose da vacina da AstraZeneca deve ser dada 12 semanas após a primeira, Portugal tem até maio para tomar uma decisão.