Portugueses com maior necessidade de proteção pessoal e de saúde
Um estudo do Observatório de Tendências, um survey desenvolvido pelo Grupo Ageas Portugal e a Eurogroup Consulting Portugal, que teve como propósito identificar as tendências emergentes do contexto de pandemia da COVID-19, revelou que 45 por cento dos portugueses afirmaram sentir maior necessidade de proteção pessoal e de saúde.
MEDICINA E MEDICAMENTOS
INVISTA NA SUA SAÚDE
A promoção da saúde tem como base a aceitação de que os comportamentos em que nos envolvemos e as circunstâncias em que vivemos têm influência na nossa saúde. LER MAIS
De acordo com o estudo, para 26 por cento dos inquiridos cuidar da família é a prioridade principal. A adoção por um estilo de vida saudável é prioridade para 20 por cento, seguindo-se os encontros sociais com a família e os amigos com 19 por cento. Por outro lado, o consumo e o voluntariado, encontram-se com uma prioridade muito baixa, para os portugueses, com cerca de dois por cento, respetivamente.
Relativamente aos receios que possam ter nos próximos meses, 1/3 dos inquiridos admite que os problemas de saúde estão no topo das suas preocupações, sendo os jovens os mais preocupados com a saúde e com mais necessidades de proteção. A redução de rendimentos (21 por cento) e a violência/conflitos sociais (19 por cento) encerram o top 3 dos principais receios.
As necessidades de proteção pessoal e de saúde aumentaram cerca de 45,07 por cento, quase metade dos inquiridos, sendo especialmente notório nas mulheres e nos mais jovens, assim como nas pessoas com níveis de rendimento mais baixos.
Este aumento da necessidade é transversal às famílias, independentemente do tamanho do agregado. No entanto, para metade dos portugueses (50,34 por cento) as necessidades de proteção e de saúde não se alteraram.
A COVID-19 retirou algumas experiências, mas permitiu a adoção de outras e, para alguns, mais benéficas. Cerca de 75 por cento dos inquiridos admitem ter começado a cumprir as regras e recomendações de saúde pública - higiene das mãos, distanciamento social e usar proteção individual - e passaram a fazer menos saídas, compras, viagens, etc.
Verificou-se que 15 por cento referiram não ter alterado nada, continuando a fazer as mesmas coisas. Contudo, cerca de dez por cento dos portugueses começaram a experimentar novas coisas, por exemplo, ao nível físico começaram a comer mais saudável, aprender a cozinhar, a fazer caminhadas ou a andar de bicicleta; ao nível intelectual, os portugueses passaram a ler mais, a ver mais TV e a ouvir mais música, no entanto, também passaram mais horas no trabalho; e ao nível espiritual, os portugueses passaram a refletir mais, a meditar e a ter mais receio da morte.