Gordura corporal protege mulheres contra doenças cardíacas
Cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que as mulheres com níveis elevados de gordura corporal têm uma maior proteção contra doenças cardíacas. O estudo foi publicado no Journal of American Heart Association.
Muitas e diferentes armas têm sido usadas na luta contra a obesidade um pouco por todo o mundo, porém com particular enfoque nos países mais desenvolvidos onde a doença, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a epidemia global do século XXI, se instalou com maior intensidade. Na realidade, o aumento do número de pessoas que em todo o mundo vivem com peso a mais e as consequências individuais e para a sociedade de dietas desregradas, têm levado diferentes instituições, encabeçadas pela OMS, a pedir mais.
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Durante o estudo, foram avaliados dados de inquéritos recolhidos de 11 463 indivíduos com 20 anos ou mais de idade, que foram então divididos em quatro grupos de composição corporal, sendo estes, o de baixa massa muscular e baixa gordura corporal, o de baixa massa muscular e gordura elevada, o de massa muscular elevada e baixa gordura, e o de massa muscular e gordura elevadas.
Os dados apurados mostraram que a morte relacionada com doenças cardíacas em mulheres com elevada massa muscular e elevada gordura corporal era 42 por cento mais baixa do que num grupo de comparação de mulheres com massa muscular e gordura corporal reduzida.
No entanto, observou-se que as mulheres com elevada massa muscular e baixa gordura corporal não pareciam ter uma vantagem significativa sobre o grupo de comparação.
Entre os homens, embora tendo uma massa muscular e gordura corporal elevadas, o seu risco diminuiu em 26 por cento, em comparação com aqueles com massa muscular e gordura corporal baixas, enquanto uma massa muscular e gordura corporal elevadas diminuíram o seu risco em 60 por cento.
O estudo destacou a importância de reconhecer as diferenças fisiológicas entre mulheres e homens ao considerar a composição corporal e o risco de morte por doenças cardíacas.
Estes resultados salientaram também a importância de desenvolver diretrizes adequadas ao sexo no que diz respeito ao exercício e à nutrição como estratégias preventivas contra o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, afirmaram os autores.
