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COVID-19: estudo vai estimar impacto do programa de vacinação

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em parceria com a Associação Nacional de Laboratórios Clínicos, a Associação Portuguesa de Analistas Clínicos e 33 hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) de todas as regiões de saúde, já se encontra a desenvolver o trabalho de campo da segunda fase do Inquérito Serológico Nacional à COVID-19 (ISN COVID-19), dando assim continuidade ao projeto iniciado em maio de 2020.

COVID-19: estudo vai estimar impacto do programa de vacinação

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Desenvolvido pelos departamentos de Epidemiologia e de Doenças Infeciosas do INSA, o ISN COVID-19 permitirá conhecer a distribuição dos anticorpos específicos contra SARS-CoV-2 (IgM e IgG) na população residente em Portugal, por grupos etários e regiões de saúde, assim como monitorizar a sua evolução ao longo do tempo e estimar a fração de infeções por SARS-CoV-2 assintomáticas.

Esta informação permitirá aferir a taxa de ataque desta infeção na população portuguesa e contribuir para, futuramente, estimar o impacto do atual programa de vacinação contra a COVID-19.

O trabalho de campo da segunda fase do ISN COVID-19, que deverá decorrer até ao final do mês, envolve 350 pontos de colheita e prevê o recrutamento de 8 189 indivíduos com idade superior a 12 meses que recorram a um hospital ou laboratório participante no estudo para realização de análises clínicas, sendo que até ao dia 2 de março já tinham sido recrutados 4 164 participantes, o que corresponde a um pouco mais de 50 por cento da amostra total planeada.

Os primeiros resultados da nova fase do ISN COVID-19 deverão ser conhecidos no início de maio de 2021.

A informação e as amostras recolhidas no âmbito do ISN COVID-19 são codificadas no momento da recolha de modo a que os dados partilhados e divulgados não permitam a identificação individual do participante.

A participação no inquérito não tem qualquer custo para os participantes, que poderão ter acesso aos seus resultados individuais, caso assim o entendam. Todas as amostras encontram-se a ser processadas no Departamento de Doenças Infeciosas do INSA.

Os resultados da primeira fase do ISN COVID-19 indicaram uma seroprevalência global de 2,9 por cento de infeção pelo novo coronavírus na população residente em Portugal, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre regiões e grupos etários.

O estudo analisou uma amostra não-probabilística de 2 301 pessoas residentes em Portugal, com idade igual ou superior a 1 ano, recrutadas em 96 pontos de colheita, entre 21 de maio e 8 de julho de 2020.

Fonte: SNS

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