GASTROENTEROLOGIA

Prebióticos mais benéficos que probióticos para saúde intestinal

Cientistas internacionais conseguiram avaliar de forma não invasiva os efeitos benéficos dos probióticos e dos prebióticos no sistema digestivo.

Prebióticos mais benéficos que probióticos para saúde intestinal

BELEZA E BEM-ESTAR

MICROBIOTA INTESTINAL - Fundamental para a boa saúde do organismo

“Até agora, não tínhamos meios de monitorizar de forma não invasiva a atividade [dos probióticos] no trato gastrointestinal intacto, dado o ambiente químico único, a distribuição variável e a natureza altamente dinâmica da microbiota intestinal”, explicou a professora Elena Goun, da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos.

Mas a equipa liderada pela cientista desenvolveu uma ferramenta de diagnóstico por imagem, não invasiva, para medir os níveis de uma enzima que ocorre naturalmente - a hidrólase do sal biliar - dentro de todo o trato gastrointestinal.

Essa ferramenta cumpre três funções principais: prediz o estado clínico de doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn e colite ulcerosa; determina a eficácia de muitos suplementos probióticos disponíveis comercialmente, testando o nível de hidrólase de sais biliares, que é responsável por todas as principais funções dos probióticos na promoção da saúde e avalia se certos tipos de prebióticos - fibras alimentares conhecidas por ajudarem na saúde digestiva - podem aumentar os níveis de hidrolase dos sais biliares de maneira semelhante aos suplementos probióticos.

No caso dos prebióticos, os dados confirmaram os efeitos positivos e impulsionadores da ação dos probióticos. Os prebióticos podem ser encontrados naturalmente em alimentos como grãos inteiros, nozes, sementes, frutas e vegetais.

“Nós mostrámos, pela primeira vez, que determinados tipos de prebióticos sozinhos são capazes de aumentar a atividade do sal biliar-hidrólase da microbiota intestinal, o que, entre outros benefícios para a saúde, demonstrou diminuir a inflamação, reduzir os níveis de colesterol no sangue e proteger contra o cancro do cólon e infeções do trato urinário. Na minha opinião, essa descoberta é fundamental porque a produção e o armazenamento de prebióticos são mais baratos do que os probióticos”, disse a investigadora.

Fonte: Boa Saúde

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