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Vacinas COVID-19: capacidade da indústria aquém das expetativas

A ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou esta quarta-feira, 10 de fevereiro, durante uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde na Assembleia da República, que a capacidade da indústria farmacêutica de fazer a distribuição de vacinas contra a COVID-19 está aquém das expetativas.

Vacinas COVID-19: capacidade da indústria aquém das expetativas

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“Se é certo que a ciência respondeu e conseguimos ter uma vacina muito rapidamente, se é certo que conseguimos também ter aprovações relativamente às vacinas num período relativamente célere, o que é facto é que a capacidade produtiva destas companhias não está a responder ao nível que desejaríamos”, disse a governante.

A ministra salientou que Portugal, que assume atualmente a presidência da União Europeia, tem “uma responsabilidade especial” nesta matéria.

Relativamente à questão das patentes, a ministra da Saúde afirmou que “a questão da quebra das patentes é um tema que tem sido muito discutido. Mas a questão que se coloca é que a quebra das patentes não nos iria resolver o problema de capacidade produtiva e de capacidade industrial e, portanto, quando muito ficaríamos com a possibilidade de ter uma fórmula para fabricar, mas continuaríamos a não ter onde a fabricar e essa é a nossa dificuldade”, justificou.

A governante explicou que se fossem quebradas as patentes, ficavam com a receita, mas não com o produto. “Só para fazer demonstrações de força, não penso que sirva o melhor interesse dos portugueses e penso que, sobretudo, teria custos no médio e longo prazo muito elevados”, sublinhou.

Para a ministra da Saúde, compras autónomas “seria o pior” que poderia acontecer, recordando “aquilo que foi a luta pelos ventiladores”.

“Não queremos esse caminho, de facto”, vincou Marta Temido, sublinhando que “Portugal tem apoiado vivamente, esforçadamente”, o mecanismo Covax (mecanismo de acesso mundial às vacinas) e inclusivamente está empenhado no envio também de doses adquiridas pelo país, quando for considerado oportuno e possível em termos técnicos, para países africanos de língua oficial portuguesa.

Fonte: SNS

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