Hospital de campanha em Lisboa vai ter 2º pavilhão com 150 camas
Hospital de campanha, instalado no Estádio Universitário de Lisboa, vai ter um segundo pavilhão para receber doentes COVID-19, com mais 150 camas e em funcionamento “daqui a dez dias”, avança o coordenador da Estrutura Hospitalar de Contingência, António Diniz.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
ASMA - NECESSIDADES NÃO SATISFEITAS NO TRATAMENTO
A asma é, a nível mundial, uma das doenças mais frequentes e afecta, segundo estimativas internacionais, mais de 150 milhões de pessoas no planeta. LER MAIS
O primeiro pavilhão, que começou a acolher doentes em 23 de janeiro e que dispõe de 58 camas, vai manter-se operacional, registando, no dia 3 de fevereiro, 35 doentes internados, revelou o responsável, reforçando que, com o segundo pavilhão, que está já a ser preparado, a capacidade vai ser superior a 200 camas.
Em declarações à agência Lusa, António Diniz adiantou que, até ao momento, todos os doentes internados no hospital de campanha vêm de hospitais da região de Lisboa, que se estende desde a Península de Setúbal até Santarém, Médio Tejo e Oeste.
O responsável assegurou que não há qualquer restrição em colaborar com outras regiões, explicando que o que acontece é que “a maior pressão tem estado sempre sobre os hospitais da região de Lisboa”.
No âmbito da preparação do segundo pavilhão, António Diniz renovou o apelo às empresas que possam patrocinar equipamento médico e outro tipo de apoio, “como participaram e continuam a participar no pavilhão que está aberto”.
“Uma parte substancial desse pavilhão foi equipada, equipamento médico, com doações, com empréstimos, com cedências”, indicou o responsável pela Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa, destacando a colaboração de empresas do setor privado de vários ramos, desde o setor alimentar até à indústria farmacêutica, passando por instituições bancárias.
Sobre a necessidade de voluntários para o hospital de campanha, o coordenador afirmou que “todas as boas vontades e todas as pessoas que desejem ajudar são bem-vindas, porque há muito tipo de trabalho que se pode fazer numa estrutura com estas características”.
“Os recursos humanos são, na verdade, escassos em todo o sítio”, admitiu o pneumologista António Diniz, acrescentando que o apoio de voluntários é para “um trabalho menos diferenciado”, mas há recetividade para receber também pessoal de enfermagem e médicos que queiram ajudar.
“Há muita coisa para fazer, sobretudo numa estrutura que tem 150 camas como é o pavilhão que está nesta altura em estruturação”, frisou o responsável da Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa.
Na quarta-feira, dia 3 de fevereiro, a Universidade de Lisboa informou que a Estrutura Hospitalar de Contingência de Lisboa, a funcionar no Estádio Universitário da Universidade de Lisboa, “precisa de voluntários para apoiar os profissionais de saúde em tarefas de alimentação, higiene e outros cuidados dos doentes, bem como tarefas de apoio administrativo”.
António Diniz confirmou que a Universidade de Lisboa está a colaborar na procura de voluntários, adiantando que o critério de pessoas que já tenham sido infetadas com COVID-19, com probabilidade de possuírem imunidade à infeção, é uma “medida adicional de segurança”, mas não um fator de exclusão.