ALIMENTAÇÃO

Dietas sem carne associadas a maior risco de fratura óssea

Dados do estudo European Prospective Investigation Into Cancer and Nutrition (EPIC-Oxford) mostram que pessoas que seguem dietas sem carne estão em maior risco de fraturas ósseas.

Dietas sem carne associadas a maior risco de fratura óssea

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Para esta análise do risco de fratura associado à dieta, os cientistas analisaram dados recolhidos ao longo de 18 anos e concluíram que pessoas que seguem dietas sem ingestão de carne tinham riscos maiores de fraturas de quadril do que pessoas que ingeriam carne.

Segundo investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o risco de fratura no quadril foi 2,3 vezes maior em pessoas que não comiam carne do que na população em geral.

Além disso, essas pessoas também tinham um risco maior de fraturas em qualquer parte do corpo, assim como fraturas nas pernas e vértebras, quando comparadas a pessoas que consumiam carne.

Do grupo inicial de cerca de 55 000 pessoas, pouco mais de 29 000 comiam carne, cerca de 8 000 eram pescatarianos (pessoas que se alimentam de peixes e frutos do mar, mas não da carne de outros animais), 15 500 eram vegetarianos e quase 2 000 eram vegans.

As dietas foram avaliadas quando os participantes se inscreveram no estudo EPIC-Oxford, e novamente em 2010, embora a ingestão de suplementos não tenha sido avaliada.

O risco de fratura foi monitorizado ao longo de 2016 por meio de registos do Serviço Nacional de Saúde da Inglaterra, Escócia e País de Gales.

Durante esse tempo, ocorreram mais de 3 900 fraturas: 566 braços, 889 pulsos, 945 quadris, 366 pernas, 520 tornozelos fraturados e 467 fraturas de outros ossos, incluindo costelas, coluna vertebral ou clavícula.

O maior risco de fratura observado entre os participantes que não comeram carne diminuiu depois que a equipa contabilizou a quantidade de cálcio e proteína total na dieta de cada participante.

Verificou-se ainda que os vegans tinham um risco geral maior de fratura, bem como um risco específico mais elevado de fraturas nas pernas e quadris, mesmo tendo em conta outros fatores que poderiam afetar isso resultados, como o índice de massa corporal (IMC).


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