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COVID-19 pode causar danos nas cordas vocais

A COVID-19 pode causar uma lesão nervosa nas cordas vocais capaz de levar algumas pessoas a sofrem misteriosos ataques de falta de ar durante meses após ficaram curadas.

COVID-19 pode causar danos nas cordas vocais

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As cordas vocais devem contrair-se nas vias respiratórias enquanto se fala, vibrando no ar que passa para criar o som da voz. Quando a pessoa não está a falar, as cordas vocais retraem-se para permitir que o ar flua mais livremente para os pulmões.

Contudo, em alguns pacientes, a COVID-19 parece danificar o nervo que regula a fala, fazendo com que as cordas vocais impeçam a respiração mesmo quando não se está a falar.

O nervo vago está ligado ao cérebro e controla a voz, a respiração, a tosse e o ato de engolir. Estudos anteriores mostraram que uma lesão no nervo vago pode fazer com que as cordas vocais não se retraiam, impedindo o fluxo de ar.

Os cientistas explicam que se o nervo vago for rompido por um vírus, este não funcionará normalmente e uma das consequências é a ocorrência de falta de ar com ou sem tosse.

De acordo com investigadores do Hospital Mount Sinai, nos Estados Unidos, esses sintomas confundiram médicos porque os exames mostravam que a infeção viral tinha desaparecido e os exames de imagem não revelavam lesão pulmonar duradoura.

Para verificar se as cordas vocais poderiam estar envolvidas no processo, os autores do estudo realizaram um exame no qual uma pequena câmara foi introduzida no nariz de pacientes curados da COVID-19, mas que apresentavam falta de ar. As imagens mostraram que as cordas vocais dessas pessoas não estavam a funcionar corretamente.

A boa notícia é que essa alteração pode ser tratada com treino respiratório, uma série de exercícios destinados a melhorar a função dos músculos respiratórios.

Além disso, os especialistas recomendam mudanças na dieta, evitando-se alimentos altamente ácidos que podem interferir e irritar o nervo vago, incluindo bebidas enladatas ou engarrafadas, frutas cítricas, molho de tomate, vinagre e vinho.

Para os cientistas, pacientes com COVID-19 que continuam a ter falta de ar persistente, mesmo depois de outros sintomas terem desaparecido, devem ter as cordas vocais avaliadas pelo seu médico.


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