Vacina contra COVID-19 não eleva risco de síndrome Guillain-Barré
Segundo cientistas da Universidade de Londres, no Reino Unido, não há evidências de uma ligação entre a vacina contra a COVID-19 e a doença neurológica grave denominada síndrome de Guillain-Barré.
MEDICINA E MEDICAMENTOS
TRANSPLANTES O PRÓXIMO FUTURO
Desde o primeiro transplante, há cerca de meio século, já foram realizados mais de cem mil transplantes de órgãos em todo o mundo, comprovando o sucesso desta intervenção moderna. LER MAIS
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune rara que ataca o sistema nervoso periférico, geralmente causando dormência, fraqueza e dor. Em casos graves, pode causar paralisia e às vezes é fatal.
A causa exata da síndrome de Guillain-Barré não é conhecida, mas geralmente ocorre após uma infeção de gastroenterite chamada Camplylobacter, com o sistema imunológico a atacar os nervos em vez dos agentes patogénicos.
Estudos anteriores encontraram um aumento nos casos da síndrome de Guillain-Barré durante surtos do vírus Zika na América Latina, e algumas investigações levantaram preocupação sobre uma possível ligação entre a infeção por COVID-19 e a síndrome.
Para o estudo, os investigadores compararam os casos de Guillain-Barré no Reino Unido entre 2016 e 2019 com aqueles ocorridos durante a pandemia de coronavírus no primeiro semestre de 2020.
A incidência anual de pacientes com Guillain-Barré tratados em hospitais entre 2016 e 2019 atingiu o máximo de 1,88 por 100 000 pessoas. Entre março e maio de 2020, foi 40 a 50 por cento menor do que nos mesmos meses de 2016 a 2019.
Os autores do estudo afirmaram que as descobertas contradizem as de estudos mais reduzidos e deveriam tranquilizar as pessoas.
Os cientistas explicaram que o estudo epidemiológico mostra que não houve um aumento da incidência da síndrome de Guillain-Barré durante a primeira onda de COVID-19; em vez disso, houve uma diminuição e, portanto, nenhuma ligação causal entre esta doença e a COVID-19 por ser feita.