VACINA

COVID-19: vacinação vai envolver 20% dos enfermeiros na 1ª fase

A primeira fase de vacinação contra a COVID-19 irá recorrer a 20 por cento dos enfermeiros dos centros de saúde, sem prejuízo da atividade assistencial não COVID-19, afirmou esta quarta-feira, 16 de dezembro, o coordenador da task-force criada pelo Governo para a campanha de vacinação contra a doença, Francisco Ramos.

COVID-19: vacinação vai envolver 20% dos enfermeiros na 1ª fase

DOENÇAS E TRATAMENTOS

MELASMAS, MANCHAS DA PELE

O responsável disse esperar que “a atividade não-COVID se mantenha, porque não se espera utilizar mais de 20 por cento dos enfermeiros dos centros de saúde”, sustentando ainda a capacidade dos centros de saúde para conduzir e gerir a logística da inoculação das vacinas.

“Se, eventualmente, por algum passo de mágica, chegassem agora vacinas, à tarde tínhamos condições para estar a administrar num qualquer centro de saúde em Portugal. Temos uma prática de vacinação enorme e não será por falta de capacidade dos centros de saúde que as vacinas deixarão de ser administradas”, frisou.

Francisco Ramos revelou que serão ainda criadas unidades móveis para a administração das doses, bem como “centros de vacinação” específicos a nível local sob a coordenação dos centros de saúde.

A capacidade diária de inoculações contra a COVID-19 será de 50 mil, segundo o coordenador, que destacou as unidades de cuidados na comunidade entre os “principais agentes da vacinação”.

Confrontado com o ritmo do processo de identificação e contacto das pessoas dos grupos prioritários para a primeira fase de vacinação, Francisco Ramos confirmou que “a identificação está já em curso e será acelerada nos próximos dias”, esclarecendo que “as pessoas que não têm registo no Serviço Nacional de Saúde devem munir-se de declaração médica atestando que pertencem ao grupo de risco e dirigir-se ao centro de saúde”.

“Já foram contratados 22,8 milhões de doses de vacinas. Diria que já temos vacinas de sobra para a população portuguesa. O que falta é critérios para priorizar a administração, mas todos terão direito a ser vacinados e ninguém será obrigado. O que está a ser feito é identificar a ordem de prioridades de acesso à vacina”, acrescentou.

Sobre a questão da conservação da vacina, o coordenador da task-force assegurou que “o único ponto de frio que tem de cumprir os 70 graus é onde as vacinas são recebidas”, pelo que os centros de saúde apenas precisam de um frigorífico comum.

Para a primeira fase do plano, que deverá decorrer entre janeiro e março de 2021, os pontos de vacinação foram definidos tendo em consideração os grupos prioritários no acesso à vacina: as pessoas com mais de 50 anos com patologias associadas, residentes e trabalhadores em lares, e profissionais de saúde e de serviços essenciais.

Por isso, a vacina será administrada nos cerca de 1200 pontos de vacinação habituais dos centros de saúde, nos lares e unidades de cuidados continuados e no âmbito da medicina do trabalho para os profissionais dos serviços essenciais.

Fonte: SNS

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS