Em comparação com as mulheres que tiveram gravidezes de 37 semanas, as mães que tiveram partos “prematuros extremos” – 22 a 27 semanas de gravidez – tinham o dobro de probabilidade de morrer de qualquer causa nos próximos dez anos após o parto.

Aquelas que deram à luz após 27 semanas e até 36 semanas de gravidez tinham 70 por cento mais probabilidade de morrer de qualquer causa nos próximos dez anos. Gestações a termo duram 39 semanas, com gestações de 37 semanas sendo consideradas prematuras.

As descobertas não foram explicadas por fatores genéticos ou ambientais, sugerindo que as mulheres que dão à luz prematuramente precisam de acompanhamento clínico de longo prazo para a deteção e tratamento de doenças crónicas associadas à mortalidade precoce.

Para o estudo, os cientistas analisaram dados sobre a duração da gravidez de mais de dois milhões de mulheres que deram à luz na Suécia entre 1973 e 2015.

As mortes entre estas mulheres foram identificadas usando o Registo Sueco de Mortes. Pouco mais de 76 500 (3,5 por cento) dos dois milhões de mulheres que integraram a análise morreram durante o período de estudo de 44 anos, com uma idade média de 58 anos – muito antes da expetativa de vida média das mulheres na Suécia, que é de aproximadamente 84 anos.

As estimativas que indicam a ocorrência de 2 654 mortes precoces – número acima do esperado para a população em geral – nessas mulheres foram associadas ao parto prematuro, com uma morte precoce para cada 73 mulheres que tiveram parto prematuro.

O risco de morte foi maior nos primeiros dez anos após o parto e depois diminuiu. Por exemplo, houve um risco 1,5 vezes maior no espaço de dez a 19 anos após o parto e um risco 1,4 vezes maior no período de 20 a 44 anos após esse evento.

Várias causas específicas de morte entre as mulheres associadas ao parto prematuro foram identificadas, incluindo doenças cardíacas e pulmonares, diabetes e cancro, descobriu ainda o estudo.