A radiação absorvida num ambiente clínico ou durante uma exposição acidental pode causar danos nos tecidos. Neste estudo, as bactérias mitigaram a exposição à radiação e melhoraram a recuperação da produção de células sanguíneas, bem como a reparação do trato gastrointestinal.
 
Verificou-se que apenas um conjunto de ratos do estudo tinha uma grande abundância de dois tipos de bactérias, Lachnospiraceae e Enterococcaceae, nos seus intestinos que contrariavam fortemente os efeitos da radiação intensa. 
 
A investigação verificou que estes dois tipos de bactérias foram encontrados em abundância em doentes com leucemia com sintomas gastrointestinais ligeiros que foram submetidos a radioterapia.
 
A investigação mostrou que a presença das duas bactérias levou a um aumento da produção de moléculas conhecidas como propionato e triptófano, que proporcionaram proteção a longo prazo contra a radiação, reduziram os danos na produção de células estaminais da medula óssea, mitigaram o desenvolvimento de graves problemas gastrointestinais e diminuíram os danos no ADN.
 
Adicionalmente, foram analisadas amostras fecais de 21 doentes com leucemia que deviam receber radioterapia como parte de um condicionamento de transplante de células estaminais e descobriram que os doentes com períodos curtos de diarreia tinham uma abundância maior de Lachnospiraceae e Enterococcaceae do que os doentes com períodos de diarreia mais longos. 

Os dados apurados mostraram que o propionato e o triptófano podem ser adquiridos em alguns países como suplementos, mas que atualmente não existem provas de que os suplementos possam resultar nas pessoas expostas a formas intensas de radiação.