DIAGNÓSTICO

Teste de pele pode identificar doença de Parkinson

Atualmente, os médicos diagnosticam os pacientes com Parkinson a partir de sinais e sintomas clínicos da patologia, mas um diagnóstico definitivo só pode ser realizado durante a autópsia, depois de o paciente morrer.

Teste de pele pode identificar doença de Parkinson

SOCIEDADE E SAÚDE

DEMOGRAFIA, UM OLHAR SOBRE O PERCURSO EUROPEU

Ainda não existem tratamentos comprovadamente eficazes contra a doença, mas a dificuldade de diagnóstico dificulta até mesmo os ensaios clínicos de potenciais tratamentos.

É por isso que cientistas norte-americanos ficaram entusiasmados ao descobrir como um teste químico simples consegue detetar a aglomeração da proteína alfa-sinucleína em amostras de pele - a doença de Parkinson é caracterizada pela lenta deterioração do cérebro devido à acumulação de alfa-sinucleína, uma proteína que danifica as células nervosas.

“Uma vez que não existe um teste fácil e fiável disponível para o diagnóstico precoce da doença de Parkinson atualmente, acreditamos que haverá muito interesse no uso potencial de amostras de pele para diagnóstico”, afirmou o professor Anumantha Kanthasamy, da Universidade do Estado de Iowa, nos Estados Unidos.

Os investigadores realizaram um estudo cego que incluiu 50 amostras de pele, metade das quais era proveniente de pacientes com sintomas da doença de Parkinson e a outra metade de pessoas sem a doença neurológica.

Recorrendo a um ensaio de proteína, eles conseguiram diagnosticar corretamente 24 dos 25 pacientes com doença de Parkinson, sendo que apenas um dos 25 controlos apresentava aglomeração da proteína, mas não registava sintomas.

“Estes resultados indicam sensibilidade e especificidade tremendamente altas, o que é crítico para um teste de diagnóstico”, disse o investigador Charles Adler.


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