Durante o estudo, que durou 24 anos e incluiu mais de 79 000 mulheres na pré-menopausa que não tinham histórico de doenças cardíacas, cancro ou diabetes, aquelas que sempre tiveram ciclos menstruais irregulares tinham maior probabilidade de morrer antes dos 70 anos do que aquelas que tiveram ciclos menstruais regulares.

Ciclos menstruais irregulares e longos são comuns entre mulheres em idade reprodutiva e têm sido associados a um risco maior de doenças crónicas graves, incluindo cancro do ovário, doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e problemas de saúde mental. No entanto, há poucas evidências anteriores de vincular ciclos menstruais longos ou irregulares com risco de morte precoce.

De acordo com os investigadores, mulheres jovens com períodos irregulares precisam de uma avaliação completa, não apenas dos seus níveis hormonais e metabolismo, mas também do seu estilo de vida, para que possam ser aconselhadas sobre as medidas que podem tomar e que podem melhorar a sua saúde geral.

No estudo, mulheres que tiveram uma duração normal do ciclo de 40 dias ou mais nas idades de 18-22 e 29-46 eram mais propensas a morrer prematuramente do que aquelas que tinham uma duração normal do ciclo de 26-31 dias nas mesmas faixas etárias.

Essas associações foram mais fortes para mortes por doenças cardíacas, em comparação com cancro ou outras causas. O aumento do risco também foi ligeiramente mais forte entre os fumadores.

Essas descobertas sugerem que o ciclo menstrual de uma mulher deve ser considerado um importante sinal de saúde geral durante a idade reprodutiva, disseram os autores do estudo.

As associações entre ciclos menstruais longos e irregulares e aumento do risco de morte prematura são provavelmente devido a interrupções hormonais. Contudo, o estudo não comprovou que os períodos irregulares realmente causaram morte precoce, apenas que houve uma associação.