O estudo incluiu 27 bebés, até cerca de três meses de idade, que nasceram prematuros ou a termo em hospitais daquela universidade no Reino Unido. Os cientistas monitorizaram a atividade cerebral dos bebés enquanto estes eram alvo de uma punção no calcanhar para tirar sangue para teste, um procedimento que causa bastante dor.

Durante o procedimento, os bebés eram acolhidos pela mãe pele a pele, com roupas, ou deitados num berço ou incubadora – a maioria dessas crianças estava enfaixada.

A resposta inicial do cérebro dos bebés à dor da punção no calcanhar foi a mesma. Mas como este procedimento desencadeou quatro a cinco ondas de atividade cerebral, as ondas posteriores de atividade cerebral foram menores entre os bebés que foram mantidos pele a pele.

O atenuar da resposta retardada à dor nos bebés que tiveram contato com a pele das suas mães sugere que o toque dos pais afeta o processamento de nível superior do cérebro. A dor pode ser a mesma, mas como o cérebro do bebé processa e reage a essa dor depende do seu contato com um dos pais.

Embora o estudo não permita afirmar com certeza se os bebés sentem menos dor quando estão em contato com a pele dos pais, as descobertas apoiam a hipótese de que segurar um bebé recém-nascido em contacto com a pele é importante para o seu desenvolvimento.