PSIQUIATRIA

Consultas de psiquiatria aumentam em Portugal

As consultas de psiquiatria e psiquiatria da infância e da adolescência subiram nos primeiros meses do ano em Portugal, segundo o diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental (PNSM).

Consultas de psiquiatria aumentam em Portugal

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Um inquérito divulgado pela Organização Mundial de Saúde revela que a pandemia de COVID-19 interrompeu ou suspendeu serviços essenciais de saúde mental em 93 por cento dos países do mundo, numa altura em que a procura por estes cuidados de saúde está a aumentar.
 
Para o diretor do PNSM, Miguel Xavier, o estudo indica que terá acontecido na área da saúde mental o que aconteceu na maior parte das especialidades médicas em que houve uma diminuição da prestação de cuidados associados à pandemia.
 
“Ao contrário dos outros países, em Portugal nos primeiros meses do ano, vários deles já de pandemia, o número de consultas em psiquiatria e psiquiatria da infância e da adolescência não baixou, subiu”, observou o psiquiatra, adiantando que houve “um cuidado expresso” para que não houvesse uma interrupção de cuidados aos doentes que são seguidos em serviços de psiquiatria.
 
A este propósito, lembrou a norma na Direção-Geral de Saúde relacionada com os internamentos dos doentes COVID-19 que alertava para a necessidade dos serviços de psiquiatria se manterem como estavam para dar resposta ao que as autoridades de saúde pensavam que “iriam ser as necessidades aumentadas da população”.

“Isto tanto resultou que o número de consultas aumentou em relação ao ano passado”, salientou, referindo que a população que não é seguida em serviços de psiquiatria, mas que teve durante a fase da pandemia sofrimento psicológico, sintomas de depressão, ansiedade, insónia, foi seguida nos centros de saúde.
 
Para Miguel Xavier, o “mais expectável era que, tal como aconteceu nos restantes campos da medicina, houvesse um retraimento no número de consultas”.
 
“Há estudos longitudinais realizados desde o início do período de confinamento até ao fim que mostram que os sintomas depressivos e ansiosos da população iam diminuindo”, porque as pessoas se vão habituando a lidar com o sofrimento, disse o diretor do PNSM à Lusa.
 
No entanto, há um conjunto de pessoas em que “não se verificou uma diminuição tão acentuada” dos sintomas depressivos e ansiosos, nomeadamente as que estavam desempregadas. Esta situação alerta para um aspeto “muito importante” e que já era conhecido “o impacto do contexto económico no sofrimento psicológico das pessoas”.
 
Nesse contexto, “a resposta às questões de saúde mental provocadas por uma crise, como a pandemia, tem de ser enquadrada do ponto de vista da saúde, mas também a nível do apoio social às pessoas que estão em situação mais precária”, defendeu Miguel Xavier.

Fonte: Lusa

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