CARDIOVASCULAR

Trombose deve ser considerada problema de saúde urgente

A cada 37 segundos, uma pessoa morre devido a complicações geradas a partir de um coágulo sanguíneo. Uma entidade clínica que pode manifestar-se numa artéria ou numa veia e pode causar uma trombose venosa profunda (TVP) ou uma embolia pulmonar (EP), provocando a morte por um tromboembolismo venoso (TEV).

Trombose deve ser considerada problema de saúde urgente

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O TEV constitui uma das principais causas de morte cardiovascular em todo o mundo. A trombose, uma doença silenciosa (assintomática) ainda pouco conhecida e de difícil diagnóstico clínico, é responsável por desenvolver coágulos sanguíneos no interior das veias, causando obstrução – total ou parcial – dos vasos.

Atualmente, há a estimativa de que a doença afeta duas a cada mil pessoas por ano, com uma taxa de ocorrência de 25 por cento, o que a torna a principal causa de morte cardiovascular evitável.

O problema é mais comum do que se pensa e requer tratamento célere e especializado, pois dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) informam que, a cada 37 segundos, há uma morte por complicações de um coágulo sanguíneo.

Este ano, a circunstância extraordinária da pandemia provocada pelo coronavírus, trouxe ao Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT) a necessidade de abordar a trombose como um problema de saúde urgente e crescente, reforçando assim a sua missão em continuar a promover a consciencialização da população para as causas, fatores de risco, sinais/sintomas e a importância da prevenção desta condição médica perigosa, frequentemente ignorada e potencialmente mortal.

“A necessidade de isolamento social durante a pandemia de COVID-19 fez com que muitos portugueses não pudessem ter o acompanhamento médico nas consultas que estavam programadas porque estas não se puderam realizar. Durante esse período, houve também muitos portugueses que se sentiram doentes e que não recorreram aos cuidados de saúde pelo receio de contágio. A consequência foi catastrófica pois houve um aumento de casos de trombose venosa, embolia pulmonar e urgências arteriais, que podem ser explicadas pela incidência de eventos trombóticos relacionados à infeção por SARS-Cov-2 e, também, pela negligência à supervisão da especialidade”, explica Sérgio Barroso, médico oncologista e presidente do GESCAT.

“É por este motivo que o GESCAT defende que a trombose deve ser considerada um problema de saúde urgente e crescente e que o primeiro passo para a prevenção da trombose é entender como é que esta doença se manifesta no corpo. A falta de conhecimento de grande parte da população acerca desta patologia silenciosa atrasa frequentemente o seu correto diagnóstico e consequente tratamento, o que a torna a principal causa de morte cardiovascular evitável”, esclarece o presidente do Grupo de Estudos.

Fonte: Grupo de Estudos de Cancro e Trombose (GESCAT)

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