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Deficiências visuais evitáveis preocupam optometristas

O crescimento exponencial e o envelhecimento da população a nível mundial têm levado a um número crescente de pessoas com deficiência visual moderada ou grave, prevendo-se que, até 2050, cerca 895,5 milhões de pessoas sofram de perda de visão.

Deficiências visuais evitáveis preocupam optometristas

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A Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO) alerta que é “importante continuar a apostar na sensibilização e na educação da população para um correto e consciente cuidado com a saúde da visão”.

O Dia Mundial da Visão, promovido pela Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), assinalou-se a 8 de outubro. Esta data visa, todos os anos, consciencializar a população para a crucial importância de consultar regularmente um especialista em cuidados primários da visão, nomeadamente um optometrista, de forma a prevenir ou detetar atempadamente o surgimento de eventuais condições visuais ou doenças oculares.

Segundo Raúl de Sousa e Vera Carneiro, membros da direção da APLO, a partir das suas contribuições para uma recente investigação, “muitas causas de deficiência visual podem ser evitadas ou tratadas. O crescimento exponencial e o envelhecimento da população a nível mundial têm levado a um número crescente de pessoas com deficiência visual moderada ou grave.

Esta tendência levou a OMS e a IAPB a criar uma iniciativa, em 1999, chamada VISION 2020: the Right to Sight, com o objetivo de combater a cegueira evitável. Vários estudos já vieram demonstrar que as cataratas e os erros refrativos não compensados foram responsáveis pela maioria das deficiências moderadas ou graves da visão, algo preocupante, uma vez que o número de casos continua a aumentar com o tempo, o que pode e deve ser evitado”.

Ainda de acordo com a colaboração de Raúl Alberto Sousa para uma investigação em parceria com o Vision Loss Expert Group (VLEG), “existem estimativas globais, nacionais e regionais de deficiências visuais moderadas ou graves, de 1990 a 2015. Estas estimativas demonstraram uma diminuição geral na prevalência padronizada da visão, por idade, como também um aumento no total de pessoas com perda de visão.

Em colaboração com o VLEG, o Global Burden of Disease Study (GBD) produziu atualizações anuais para estimativas de deficiência visual, onde se previa que 43,2 milhões de pessoas sofressem de perda de visão, em 2020. Estes estudos são únicos no fornecimento de estimativas granulares específicas por sexo, idade e país, como também avalia tendências temporais a nível ocular até 2050, onde se prevê que 895,5 milhões de pessoas sofram de perda de visão”.

Segundo a APLO, é “importante continuar a apostar na sensibilização e na educação da população para um correto e consciente cuidado com a saúde da visão. Isto porque os números refletem uma realidade pouco animadora no que respeita à qualidade da função visual”.

Por isso, deixa algumas recomendações: “consultar regularmente um Optometrista para fazer uma avaliação da saúde visual. Caso seja detetado algum sintoma de doença ocular deve ser marcada uma consulta com um Optometrista, para um diagnóstico e terapêutica adequados”.

Fonte: Associação de Profissionais Licenciados de Optometria (APLO)

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