HEPATITE

SPG congratula vencedores do Nobel da Medicina

O Prémio Nobel da Fisiologia ou Medicina deste ano foi atribuído ao trio de investigadores Harvey J. Alter, Michael Houghton e Charles M. Rice, que, de modo muito direto, contribuíram para a identificação do vírus da hepatite C, em 1989. Esta descoberta permitiu, entre muitos avanços, identificar quem tinha e tem hepatite C e tornar as transfusões praticamente 100 por cento seguras.

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Os tratamentos para a hepatite C iniciaram-se por volta de 1988 com taxas de cura perto dos seis por cento. A hepatite C é provocada por um vírus, que tem uma característica ameaçadora para quem o contrai, ou seja, na grande maioria dos casos, torna-se crónico e silencioso, podendo perdurar durante décadas. Esse processo vai destruindo o fígado e desencadeando, nalguns casos, a cirrose e o cancro do fígado, um dos cancros de pior prognóstico.

Neste momento é muito fácil tratar e eliminar o vírus da hepatite C: através de antivíricos orais, em 8-12 semanas, sem efeitos secundários, consegue-se a eliminação definitiva em quase 100 por cento dos casos.

Para Rui Tato Marinho, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG), “o Nobel atribuído à hepatite C é um pouco nosso, dos gastrenterologistas e hepatologistas, que a par de outros colegas têm estado no terreno, garantindo que todos os nossos doentes façam o melhor tratamento, da forma mais rápida” e sublinha que “estimamos que ainda existam em Portugal cerca de 40 000 infetados com o vírus a necessitarem de tratamento”.

“Esperamos que este Nobel contribua para alcançar o objetivo da Organização Mundial de Saúde, com a eliminação da hepatite C como importante problema de Saúde Pública em 2030”, termina o presidente da SPG.


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