O estudo contou com a participação de 5000 jovens adultos com idades entre os 18 e os 30 anos, que foram acompanhados com o objetivo de compreender como as características individuais, o estilo de vida e os fatores ambientais contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares mais tarde na vida.
 
Os investigadores utilizaram modelos matemáticos complexos para compreender como o risco cardiovascular (ataque cardíaco, AVC, bloqueio dos vasos sanguíneos, e morte por doença cardiovascular) aumenta com a crescente exposição cumulativa ao colesterol das lipoproteínas de baixa densidade (LDL, na sigla em inglês) ao longo de uma média de 22 anos. 
 
Os dados apurados mostraram que quanto maior a área sob a curva LDL, que mediu o tempo de exposição e o nível de colesterol LDL ao longo do tempo, maior a probabilidade de os participantes sofrerem um evento cardiovascular grave.
 
O estudo verificou que ter um nível elevado de colesterol LDL numa idade jovem aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas, e o risco elevado persiste mesmo em pessoas capazes de, mais tarde, baixar os seus níveis de colesterol LDL.
Os investigadores explicam ainda que duas pessoas com o mesmo nível de colesterol aos 40 anos podem ter riscos muito diferentes de ter um ataque cardíaco ou um AVC, sendo o risco mais elevado para a pessoa que teve um nível de colesterol mais elevado na adolescência.
 
O estudo mostrou que os danos nas artérias ocorridos na juventude podem ser irreversíveis e parecem ser cumulativos. Por esta razão, os médicos podem querer considerar a prescrição de mudanças no estilo de vida e também de medicamentos para baixar os níveis elevados de colesterol LDL em jovens, a fim de prevenir problemas futuros.