Campanha alerta para urticária crónica espontânea
Apesar de mais rara, a urticária crónica espontânea (UCE) apresenta um grande impacto na vida dos doentes. Associada a doenças cardiometabólicas, rinite alérgica, ansiedade e depressão, estima-se que dois terços dos doentes com urticária sejam afetados por esta forma da doença.
DOENÇAS E TRATAMENTOS
DIA MUNDIAL DA HIPERTENSÃO
As estatísticas não podem ser mais esclarecedoras: em 2002 existiam cerca de 972 milhões de hipertensos em todo o mundo e as projecções para 2025 mostram que esse número irá aumentar para 1,56 biliões. LER MAIS
Para assinalar o Dia Mundial da Urticária, celebrado anualmente a 1 de outubro, a Novartis e a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC) uniram-se em torno da campanha nacional ‘Viva na pele de quem se sente bem’.
O movimento pretende sensibilizar a população para que esta esteja mais alerta para as implicações desta patologia e também demonstrar que é possível viver bem com a nossa pele, mesmo que esta tenha urticária.
Com o intuito de sensibilizar para a doença, a campanha pretende chamar a atenção para os sintomas de Urticária Crónica Espontânea (UCE), levando assim a que as pessoas valorizem sintomas como manchas avermelhadas e com relevo, comichão intensa e inchaço (edema) e procurem seguimento e tratamento adequados.
Pelo quarto ano consecutivo a Novartis e a SPAIC desenvolveram uma campanha de divulgação da UCE, reconhecendo a necessidade de informação e sensibilização da sociedade para esta doença que continua subvalorizada, vista muitas vezes apenas como um problema estético e não como uma doença crónica de pele com elevado impacto na vida dos doentes. Cerca de 30,9 por cento dos doentes com urticária crónica reportam um elevado impacto na sua qualidade de vida.
Mantendo a assinatura #eusouatuarede, pretende-se reforçar a necessidade das pessoas com UCE contarem com uma rede de apoio e compreensão que reconheça as suas dificuldades, necessidades e a gravidade da doença.
Neste sentido, pretende-se gerar um movimento nacional, que envolva a maior “mancha” possível na sociedade, de forma a que reconheça o impacto desta doença.
Com uma comunicação diversificada e suportada em diferentes segmentos de media e plataformas digitais, nomeadamente o Instagram e o site da Novartis, o foco da campanha mantém-se assim na geração de informação para os doentes com urticária e para todos os que possam ter contacto com esta doença.
Através dos seus canais de comunicação, a SPAIC tem disponíveis materiais educativos para a população sobre urticária (recentemente sobre COVID-19 e urticária) bem como várias ações de formação sobre urticária para profissionais de saúde.
A UCE é uma doença que se estima afetar de 0,5 a um por cento da população mundial. Os principais sinais da doença são manchas avermelhadas e com relevo que dão comichão intensa e podem, ainda, provocar inchaço (edema). Trata-se de uma doença complexa e incapacitante que pode ser classificada como crónica (no caso de persistir por mais de 6 semanas) ou aguda (até 6 semanas). A urticária crónica pode dividir-se, ainda, em espontânea (despoletada sem um fator externo evidente) ou indutível (sintomas induzidos por fatores específicos como temperatura, pressão, etc.).
A urticária afeta entre 20-25 por cento da população a nível mundial, pelo menos uma vez na vida e os especialistas preveem que pelo menos cerca de um por cento sofre de urticária crónica durante a sua vida.
Por outro lado, a UCE representa 2/3 de todos os casos de urticária existentes e, apesar de não ser causada por fatores específicos, prevalece em média entre um a cinco anos. Contudo, em 20 por cento dos casos a doença pode-se prolongar até um período de dez anos, estando descritos casos raros de períodos superiores a 50 anos.
Os doentes mais afetados com urticária crónica são maioritariamente do sexo feminino (58 por cento) e o pico de incidência da doença verifica-se entre os 20 e os 40 anos de idade. Cerca de 75 por cento dos doentes portugueses com urticária crónica apresentam comorbilidades. Destes, 52,6 por cento apresentam doenças cardiometabólicas, 40,4 por cento apresentam depressão, 35,1 por cento ansiedade e 35,1 por cento rinite alérgica.