ALIMENTAÇÃO

Metade dos consumidores não percebe rótulos de alimentos integrais

Os produtos alimentares têm rótulos com informações sobre a sua composição, possibilitando ao consumidor conhecer os ingredientes utilizados no seu fabrico, além de identificar algum possível agente alergénico. Contudo, um estudo recente mostra que muitos consumidores não conseguem compreender as informações dadas pelo produtor.

Metade dos consumidores não percebe rótulos de alimentos integrais

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Um estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, mostrou que até metade de todos os consumidores norte-americanos ficam confusos com a rotulagem de produtos alimentares, como cereais, pão e biscoitos, fazendo com que façam menos escolhas saudáveis ​​ao comprar.

Os especialistas recomendam que as pessoas aumentem o consumo de grãos integrais, e o objetivo da rotulagem é justamente permitir que o consumidor identifique mais facilmente os alimentos integrais.

A rotulagem deve seguir alguns critérios, nomeadamente, os ingredientes devem ser apresentados por ordem decrescente no que se refere à quantidade usada no produto.

Para o estudo, foram entrevistados 1 030 adultos norte-americanos, que viram imagens de produtos reais e hipotéticos criados especificamente para o estudo.

O objetivo do estudo era descobrir se a compreensão do consumidor sobre os rótulos dos produtos atende a um padrão legal para requisitos aprimorados de rótulos dos Estados Unidos para produtos de grãos integrais.

O padrão legal refere-se à publicidade enganosa, e as evidências de que os rótulos são realmente enganosos – ou provavelmente enganarão – os consumidores podem reforçar o apoio para mudanças nas regulamentações existentes.

Os participantes do estudo viram fotos de produtos com vários rótulos de grãos inteiros na frente da embalagem, junto com o rótulo de informações nutricionais e a lista de ingredientes de cada produto.

As embalagens dos produtos hipotéticos não tinham rótulo de grãos inteiros na frente da embalagem ou eram marcadas com “multigrãos”, “feito com grãos inteiros” ou um selo de grãos inteiros. As embalagens dos produtos reais exibiam as marcas reais dos produtos, incluindo “multigrãos”, “trigo com mel” e “12 grãos”.

Os participantes foram convidados a identificar a opção mais saudável para os produtos hipotéticos ou avaliar o teor de grãos inteiros dos produtos reais. Para os produtos hipotéticos, 53 por cento dos participantes selecionaram a opção de pão mais saudável, enquanto entre 63 e 71 por cento selecionaram a opção mais saudável para biscoitos.

Pouco menos de 70 por cento escolheram o cereal mais saudável. Para produtos reais que não eram compostos principalmente por grãos inteiros, até 51 por cento dos entrevistados exageraram o teor de grãos inteiros dos produtos.

De uma forma geral, os consumidores solicitados a identificar as opções mais saudáveis ​​com base no teor de grãos inteiros fizeram a escolha errada 47 por cento das vezes para o pão, até 37 por cento para biscoitos e 31 por cento para cereais.

As descobertas sugerem que os rótulos dos produtos, especialmente no que se refere ao teor de grãos, são confusos para os consumidores. Para os cientistas, esses resultados indicam que os rótulos desses alimentos podem ser considerados enganosos, e os consumidores, independentemente do nível de escolaridade, não conseguem descobrir a quantidade de grãos integrais desses produtos. Os autores do estudo chamam atenção para termos como “enriquecido” ou “trigo”, que não significa que o ingrediente tenha grãos integrais.

Fonte: Boa Saúde

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