Menor volume gástrico pode reduzir ingestão de calorias
Uma nova pesquisa sugere que a capacidade de armazenamento de alimento do estômago em pessoas obesas muda para acomodar diferentes situações alimentares, o que tem efeito sobre a sensação de saciedade e a necessidade de comer em excesso.
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Publicado no American Journal of Physiology-Gastrointestinal and Liver Physiology, o estudo analisou um grupo de participantes obesos, mas saudáveis, durante o jejum, após terem ingerido um suplemento nutricional líquido e depois de terem consumido uma refeição buffet.
Os voluntários foram instruídos a ingerir o suplemento nutricional a cada um minuto e a avaliarem a sua sensação de saciedade a cada cinco minutos.
Quando os participantes alcançavam o estado de “saciedade máxima”, interrompiam a ingestão da bebida. Cerca de quatro horas depois, os voluntários foram convidados a ingerir o quanto quisessem de um buffet rico em hidratos de carbono, durante um período de 30 minutos.
A equipa de pesquisa mediu o desejo dos voluntários de continuarem a consumir alimentos através do número de calorias consumidas e de um questionário.
Os resultados mostraram que um menor volume gástrico em jejum tem o potencial de reduzir a ingestão de calorias.
Para além disso, os cientistas também avaliaram a capacidade dos participantes de controlar a ânsia de ingerir comida e descobriram que um maior controlo correspondia a um maior nível de acomodação gástrica, ou volume do estômago, durante uma refeição padrão.
A refeição, neste caso, consistia em ingerir suplemento nutricional. No entanto, os comportamentos alimentares na refeição buffet não seguiram esse padrão.
Os investigadores descobriram que o aumento da ingestão de alimentos no buffet estava associado à redução da capacidade de controlar a vontade de comer, com base nas respostas do questionário.
No geral, os resultados sugerem que o tamanho do estômago durante o jejum e o controlo cerebral do comportamento alimentar após uma refeição são um conjunto de determinantes da ingestão de alimento.
Verificou-se que o cérebro controla parte do comportamento de comer e beber, mostrando que a vontade de ingerir comida é, por vezes, difícil de controlar, independentemente da sensação de saciedade.