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Ioga pode reduzir sintomas da fibrilhação atrial

Pessoas com o distúrbio do ritmo cardíaco conhecido como fibrilhação atrial podem aliviar os seus sintomas com a ajuda da prática de ioga mais lenta. A descoberta é de um estudo preliminar apresentado no European Society of Cardiology (ESC 2020), que decorreu entre os dias 29 de agosto e 1 de setembro de 2020. Por causa da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), o evento foi realizado virtualmente.

Ioga pode reduzir sintomas da fibrilhação atrial

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Cientistas da Índia descobriram que, ao longo de 16 semanas de sessões de ioga, os pacientes com fibrilhação viram os seus episódios de sintomas diminuir pela metade e o bem-estar mental melhorar.

Os resultados são preliminares, mas revelam evidências de que o ioga pode ajudar a controlar os sintomas da fibrilhação atrial, que incluem palpitações, tonturas e falta de ar.

O teste foi realizado no HG SMS Hospital, na Índia. Ao longo de cinco anos, a equipa de investigadores recrutou 538 pacientes fibrilhação atrial: primeiro, cada paciente manteve o tratamento padrão por 12 semanas – continuando com a medicação ou, nalguns casos, passando por um procedimento de ablação por cateter.

Os pacientes do estudo iniciaram depois um programa de ioga de 16 semanas, com aulas de 30 minutos em dias alternados. As sessões incluíram posturas mais lentas e exercícios específicos que incentivam um padrão respiratório mais calmo.

Durante esse tempo, verificou-se que os pacientes sofreram menos sintomas de fibrilhação atrial: em média, registaram oito episódios de sintomas – menos de 15 durante o tratamento padrão sozinho. Os pacientes também deram notas mais altas à sua qualidade de vida e bem-estar mental em questionários padrão.

Pessoas com fibrilhação atrial costumam tomar medicamentos para controlar a frequência cardíaca e anticoagulantes para diminuir o risco de tromboses. Contudo, apenas esses cuidados parecem não ser suficientes. De acordo com os investigadores, o estilo de vida parece ter impacto direto no controle eficaz da fibrilhação atrial.

Os cientistas ressaltam que a prática de ioga que parece ser excelente para a redução da pressão arterial e da frequência cardíaca, além de melhorar o fluxo sanguíneo e os marcadores inflamatórios.

Técnicas de respiração e meditação parecem essenciais para os pacientes, disseram os autores, que destacam, no entanto, que o ioga não substitui a medicação, mas completar ao tratamento medicamentoso, juntamente com outras medidas de estilo de vida, incluindo uma dieta saudável, controlo de peso e cessação tabágica.


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