Vacina para COVID-19 da AstraZeneca com testes interrompidos
A farmacêutica AstraZeneca anunciou esta terça-feira, 8 de setembro, que interrompeu um teste da sua vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) devido à ocorrência de uma reação adversa inexplicada num dos voluntários que recebeu a imunização.
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A farmacêutica explicou, num comunicado, que este procedimento é uma precaução padrão em testes de vacinas, destinada a garantir que as vacinas experimentais não causem reações graves entre os voluntários.
A AstraZeneca ressaltou que “esta é uma medida de rotina que deve acontecer sempre que houver uma doença potencialmente inexplicada num dos ensaios, enquanto esta é investigada, garantindo a manutenção da integridade dos ensaios”.
Segundo o jornal New York Times, um voluntário no Reino Unido que recebeu a vacina desenvolveu mielite transversa, uma síndrome inflamatória que afeta a medula espinhal e costuma ser desencadeada por infeções virais, mas a empresa optou por interromper todos os testes com a vacina em todo o mundo.
Um Comité de Monitorização de Dados e Segurança geralmente avalia os estudos para detetar eventos adversos e pode solicitar uma pausa ou suspensão de um estudo, mas a AstraZeneca não disse se a iniciativa de interromper o processo foi da própria farmacêutica ou do Comité.
A vacina da AstraZeneca era a que tinha maior potencial para ser usada em larga escala no Brasil, onde os testes estavam a ser realizados pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais da Universidade Federal de São Paulo (Crie/Unifesp).