PANDEMIA

COVID-19: risco de doença grave em crianças é raro

O risco de as crianças com COVID-19 terem a forma grave da doença e necessitarem de tratamento hospitalar é “mínimo”, indica um estudo realizado no Reino Unido. No entanto, as crianças obesas e os bebés muito pequenos correm um risco ligeiramente maior de necessitarem de cuidados hospitalares.

COVID-19: risco de doença grave em crianças é raro

BELEZA E BEM-ESTAR

TERAPIA: MASSAGEM

O estudo, publicado no British Medical Journal (BMJ), analisou 651 crianças infetadas com o novo coronavírus em hospitais na Inglaterra, País de Gales e Escócia, correspondendo a dois terços das admissões nos serviços hospitalares, entre os meses de janeiro e julho.

A análise mostrou que apenas um por cento dessas 651 crianças e jovens - seis no total - morreram no hospital com COVID-19. Do total, 18 por cento foram internadas nos cuidados intensivos e os seis óbitos ocorreram em crianças com outros problemas de saúde, que muitas vezes eram complexos e limitantes.

O risco é extremamente baixo para crianças saudáveis. “Não houve mortes em crianças em idade escolar saudáveis”, disse o autor do estudo, Calum Semple, da Universidade de Liverpool.

A coautora da investigação, Olivia Swann, disse esperar que as descobertas sejam “extremamente reconfortantes para os pais em todo o Reino Unido”.

Os sintomas mais comuns em crianças internadas no hospital foram febre, tosse, náuseas ou vómitos e falta de ar. As crianças mais velhas eram mais propensas a ter dor de estômago, dor de cabeça e dor de garganta.

Das 651 crianças analisadas, 42 por cento tinham um problema de saúde adicional, sendo os mais comuns doenças que afetam o cérebro e o sistema nervoso (11 por cento), cancro (oito por cento e asma (sete por cento).

Verificou-se também que ter asma - ao contrário de ser obeso - não fazia com que as crianças precisassem de cuidados intensivos.

Das crianças estudadas, 52 também foram diagnosticadas com uma síndrome inflamatória multissistémica ligada ao coronavírus, com o primeiro caso registado por médicos em meados de março. Essas crianças - nenhuma das quais morreu - tinham mais probabilidade do que as outras de serem mais velhas, cerca de dez, e pertencentes a minorias étnicas.

Com base no estudo, a definição dessa síndrome agora pode ser ampliada para incluir sintomas como fadiga, dor de cabeça, dor de garganta e dores musculares, disseram os investigadores, além dos sintomas já listados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Um número muito baixo de crianças foi admitido em cuidados intensivos e os investigadores relataram uma taxa de mortalidade muito baixa - particularmente em comparação com adultos, mas também em comparação com a taxa de mortalidade devido a outras infeções, gripe, sarampo, meningite, sépsis etc., e outras causas de morte infantil - por exemplo, acidentes de trânsito”, concluiu Liz Whittaker, do Imperial College de Londres.

Fonte: BBC

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS