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Transplantes caem 28% no primeiro semestre do ano

Os transplantes registaram uma diminuição de 28 por cento em Portugal no primeiro semestre do ano devido à pandemia de COVID-19, disse à Lusa a coordenadora nacional da transplantação, Margarida Ivo da Silva.

Transplantes caem 28% no primeiro semestre do ano

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Falando no polo principal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), na apresentação de um equipamento para perfusão hipotérmica oxigenada de fígado e rim, a responsável referiu que, no período de mitigação, “apenas se deu respostas aos transplantes em doentes urgentes ou muito urgentes”.
 
“A transplantação estava a subir em Portugal nos primeiros meses do ano, mas, a partir de março, com a pandemia, houve menos dadores e menos segurança na doação”, salientou Margarida Ivo da Silva, explicando que foi necessário aumentar “a contingência relativamente à doação, porque o risco de infeção era iminente”.
 
A coordenadora nacional da transplantação frisou ainda que as instituições de saúde “tornaram-se unidades COVID-19 e as unidades de cuidados intensivos, que eram as grandes fontes de dadores, tornaram-se unidades vocacionadas para a COVID-19 por necessidade”.
 
“Os hospitais começaram a ter de se organizar em função desta pandemia e, portanto, a doação em termos de segurança, e a transplantação por consequência, baixou devido ao aumento das restrições, embora a taxa de aproveitamento dos órgãos tenha aumentado muito”, sublinhou.
 
Segundo Margarida Ivo da Silva, estão a ser criadas as condições para se retomar as doações sem restrições, “mantendo a qualidade”, de forma que os centros de transplantação retomem a atividade.
 
Apesar da diminuição verificada, a coordenadora nacional afirma que o objetivo estratégico passa pelo aumento da transplantação, pelo que está a ser procurada “a melhor forma de continuar a transplantar todos os doentes que necessitam e de reduzir o número de doentes para transplante”.
 
O CHUC é o primeiro centro de transplantação português a utilizar um equipamento para perfusão hipotérmica oxigenada de fígado e rim, que permite melhorar a qualidade dos órgãos para transplante.
 
O equipamento, apresentado em conferência de imprensa, permite melhorar a qualidade dos enxertos, a função hepática pós-transplante, a sobrevivência de enxertos e recetores e a segurança da transplantação.

Fonte: Lusa

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