Durante o estudo, foram avaliados 363 mães e os seus filhos com idade média de três anos. Os cientistas examinaram a história imunológica materna como um preditor de sintomas nas crianças com perturbações do espetro do autismo (PEA).
 
Os investigadores mediram a severidade do autismo das crianças e avaliaram um conjunto de problemas comportamentais e emocionais como a agressividade e a ansiedade, assim como o desenvolvimento das crianças e o seu funcionamento cognitivo.
 
Os dados apurados mostraram que cerca de 27 por cento das mães tiveram doenças autoimunes durante a sua gravidez. Destas mães, 64 por cento relataram ter asma, sendo que outras condições incluíam o hipotiroidismo, doença de Raynaud, alopecia, psoríase e artrite reumatoide.
 
O estudo verificou que as doenças autoimunes maternas estão associadas ao aumento de problemas comportamentais e emocionais, mas não à redução do funcionamento cognitivo em crianças com autismo.
 
Adicionalmente, verificou-se que uma história de doenças autoimunes maternas era mais comum em crianças do sexo masculino com PEA (31 por cento), em comparação com o sexo feminino (18 por cento), e a asma era duas vezes mais comum em mães de crianças do sexo masculino com PEA.
 
O estudo revelou igualmente que em casos de PEA em que as doenças autoimunes maternas estão presentes, as crianças do sexo feminino são menos suscetíveis a resultados cognitivos adversos em resposta à inflamação materna.