ALIMENTAÇÃO

Guia dá orientações sobre alimentação nas escolas

A Ordem dos Nutricionistas acaba de lançar um guia orientador para auxiliar os nutricionistas no contexto da alimentação escolar em tempos de COVID-19 e que inclui orientações para todo o sistema de fornecimento de refeições, diretrizes para o Regime Escolar (distribuição de fruta, hortícolas e lacticínios) e recomendações para a promoção de literacia alimentar.

Guia dá orientações sobre alimentação nas escolas

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

TOSSE SECA PERSISTENTE

Para a Ordem dos Nutricionistas, as cantinas são locais que apresentam um elevado potencial de transmissão pelo facto de serem frequentados por uma grande quantidade de pessoas da comunidade escolar durante um longo período de tempo e, por isso, requerem medidas de prevenção excecionais.

A distribuição de alunos/turmas por diferentes horários; o alargamento do período de almoço; a disponibilização de talheres e guardanapos de papel em saquetas individuais; a eliminação de jarros com água; ou o desaconselhamento do uso de micro-ondas partilhados são algumas das medidas que poderão ser aplicadas.

Por outro lado, um estudo promovido pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) em junho mostra que um em cada três portugueses reporta preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos por dificuldades económicas, no contexto da COVID-19, motivo pelo qual a Ordem dos Nutricionistas considera que as escolas têm um papel imprescindível no fornecimento de uma alimentação adequada para as crianças e jovens em idade escolar.

“Poderemos passar por um período de grande instabilidade económica e financeira, que se pode traduzir em carência alimentar, pelo que a escola deve ter um papel ativo na identificação e controlo destas situações. Temos a obrigação de, agora mais do que nunca, cuidar das nossas crianças”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

“É urgente a presença de nutricionistas nas escolas, nomeadamente para a implementação de mecanismos que permitam a identificação de alunos em situação de insegurança alimentar, bem como para a intervenção necessária para mitigar este problema e o seu impacto na saúde”, reforça Alexandra Bento.
O guia, intitulado “Alimentação escolar em tempos de COVID-19”, prevê, ainda, um conjunto de medidas que poderão ser implementadas independentemente de os estabelecimentos permanecerem abertos ou ser decretado o seu encerramento, uma vez que o fornecimento de refeições escolares deverá ser assegurado, prevenindo o surgimento e agravamento de situações de insegurança alimentar.

A Ordem dos Nutricionistas sublinha que as refeições escolares devem ser completas, variadas, equilibradas e seguras ajudando a satisfazer as necessidades energéticas e nutricionais dos alunos, bem como respeitar as prescrições clínicas, alergrias, intolerâncias e hábitos culturais.

Alexandra Bento refere ainda “Fizemos a nossa a parte, elaborando orientações para auxiliar os nutricionistas na sua prática profissional. Agora esperamos que o Governo faça a sua parte, desenvolvendo uma estratégia para a alimentação escolar nesta fase de pandemia, contratando os nutricionistas previstos no Orçamento de Estado para 2020, para que estes a possam por em ação”.

O manual, disponível no website da Ordem dos Nutricionistas em www.ordemdosnutricionistas.pt/documentos/Qualidade/GUIA/GO062020.V01.pdf, está dividido em três partes, focando-se nos procedimentos a ter em conta no fornecimento das refeições escolares, desde a gestão de equipas, higiene pessoal e das instalações, até à preparação e confeção das refeições; nas diretrizes do fornecimento de fruta, hortícolas e laticínios; bem como na educação e a literacia alimentar em contexto escolar.

Fonte: Ordem dos Nutricionistas

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